Brasil é segundo em número de casos no mundo
PixabayMichael Ryan, diretor do programa de emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde), acredita que o Brasil e outros países das Américas Central e do Sul ainda não atingiram o pico da pandemia do novo coronavírus.
“Não posso prever quando ocorrerá, mas precisamos mostrar solidariedade aos países, da mesma forma que fizemos com países de outras regiões. Estamos juntos e ninguém fica para trás”, disse durante coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (1º).
O diretor da entidade ressaltou ainda que cinco, das dez nações com maior número de infectados nas últimas 24 horas, estão nas Américas. “Brasil, Estados Unidos, Peru, Chile e México. É uma área bastante ampla. E os países com maior aumento são Brasil, Colômbia, Peru, Haiti e Argentina.”
Por fim, Ryan lembrou que o continente é heterogênio e, por isso, as condições de combate à pandemia são distintas. "Temos bons exemplos de países que envolveram todo o governo e a sociedade. No entanto, também vimos outra situação quanto à ausência e fragilidade dessas condições. Precisamos focar na resposta que esses países vão dar".
Mais cedo, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon, se pronunciou de forma diplomática sobre o rompimento oficial dos Estados Unidos com a organização, anunciado na sexta-feira (29) pelo presidente Donald Trump.
Tedros disse que o mundo se beneficiou da ajuda financeira dos EUA durante anos, já que o país era o maior doador individual para a organização até março, quando Trump decidiu suspender as doações.
"A contribuição e generosidade dos EUA pela saúde global por muitas décadas tem sido imensa e fez uma grande diferença no sistema público de saúde pelo mundo. É um desejo da OMS que essa colaboração continue", disse Tedros.