Policiais devem usar faixa preta no braço nesta segunda (12)
Divulgação/SindpespPoliciais civis do Estado de São Paulo devem trabalhar com uma faixa preta no braço na próxima segunda-feira (12), marcando o início da campanha "Luto pela Polícia Civil".
A ação é uma forma de protestar contra as "péssimas" condições de trabalho oferecidas pelo Governo Geraldo Alckmin (PSDB), segundo a Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo).
De acordo com o sindicato, 10 mil faixas pretas foram confeccionadas para simbolizar o "Luto pela Polícia Civil". A ação é organizada pelo Sindpesp em parceria com a Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo).
Segundo o Sindpesp, a campanha não vai paralisar o trabalho policial e, se algum policial for questionado, deve responder que “representa luto pela Polícia Civil, sucateada de forma implacável pelo Governo de São Paulo, nos últimos anos”.
Segundo a presidente do sindicato, a delegada Raquel Kobashi Gallinati, a campanha é uma forma de protestar contra “salários baixos, condições precárias de trabalho, atuação tolhida e investigação prejudicada”.
Para a Raquel, a segurança pública do Estado de São Paulo está abandonada. Ela afirma que a falta de estrutura, tecnologia, de armamentos e policiais afetam diretamente no cotidiano da população, o que impede e limita o trabalho policial.
“Para que a criminalidade seja extirpada, não adianta continuarmos atuando somente com os efeitos. Devemos atuar nas causas para que se consiga um resultado efetivo. Somente com uma Polícia Civil estruturada e forte que podemos conseguir um resultado para que desmantelemos a estrutura das organizações criminosas”, disse Raquel.
A expectativa do sindicato é que a campanha seja aderida por policiais civis da capital, região metropolitana e também do interior paulista.
Sindicato e associação dos Delegados confeccionaram 10 mil faixas pretas
Divulgação/SindpespSecretaria diz estar aberta ao diálogo
Questionada pelo R7 às 20h de sábado (10), a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) enviou, às 17h de domingo (11), a seguinte nota:
"A Secretaria da Segurança Pública respeita o direito a manifestações baseadas em princípios legais, de forma que a população não seja prejudicada, e esclarece que está atenta e aberta ao diálogo com representantes das categorias profissionais. Contudo, é preciso ressaltar que a pasta tem realizado constantes investimentos para aprimorar a Polícia Civil.
Em oito anos, 4.987 agentes de todas as carreiras foram contratados e R$ 241 milhões foram investidos na aquisição de 3.641 novas viaturas. Além disso, 825 policiais estão em formação e já foi autorizada a abertura de concursos para a seleção de mais 2.750.
No ano passado, o governo deu início ao projeto de modernização de 120 delegacias e, em 2017, mais de R$ 18 milhões foram repassados aos cofres da Polícia Civil só para o custeio das unidades."