Talles Magno chora com a despedida obrigatória do Vasco. Situação lastimável
VascoSão Paulo, Brasil
As lágrimas de Talles Magno são significativas.
Representam a intolerância da CBF.
O profundo endividamento do Vasco.
A grande revelação, principal personagem da reação da equipe no Brasileiro, na luta pela fuga do rebaixamento chorou após a vitória diante do Fortaleza.
O motivo?
Ter de jogar a Copa do Mundo sub-17.
Talles Magno preferia não ir.
Talvez seus empresários comemorem a convocação.
Mas ele, não.
Sabe de sua importância para o empobrecido Vasco na luta para escapar da Série B.
Mas o presidente Alexandre Campello não quis seguir o caminho tomado pelo presidente rival Rodolfo Landim e enfrentar a CBF.
Seguir a luta possível jurídica na liberação do atacante.
Por conta da convocação não ser para a Seleção Principal, como obriga a Fifa.
Campello disse que respeitou o 'acordo de cavalheiros' feito pelos clubes antes da convocação para a Copa do Mundo sub-17.
O Vasco pode ficar até oito partidas do Brasileiro sem seu principal jogador, por conta do tal 'cavalheirismo', sinônimo de busca de exposição, valorização, para tentar vendê-lo.
Os grandes clubes europeus não se importam com seus principais jogadores convocados. Nas equipes principais estão estrelas do mundo todo.
Vasco cedeu para aproveitar os holofotes, valorizar e vender o atacante
CBFNo Brasil, a situação é completamente diferente.
O Vasco precisa demais de seu atacante, menino de 17 anos.
Ele estava envolvido de corpo e alma na sua missão de salvar o clube que o está lançando para o mundo.
Mas não pode.
Por conta da Copa do Mundo sub-17.
Onde sua liberação não é obrigatória, de acordo com inúmeros juristas e, principalmente, o Flamengo que não entregou Reinier.
"Estou me despedindo de vocês aqui, mas é por pouco tempo. Quero agradecer muito a vocês, desde quando eu subi vocês me ajudaram.
"Sempre apontando meus defeitos, meus erros e sempre me apoiando para eu cada vez ajudar mais. Vou ficar um tempinho fora, mas vou voltar pra ajudar vocês", disse, chorando, Thalles Magno.
Triste país que seus meninos respondem às convocações chorando.
Preferindo ficar nos seus clubes.
Mas são obrigados a vestir a camisa amarela...
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