Marina cobrou Polícia Federal e Ministério Público por investigação isenta na Petrobras: "Doa em quem doer, nós queremos a verdade"
Eduardo Enomoto/08.09.2014/R7A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (8) que é necessária uma investigação das denúncias de irregularidades na Petrobras antes de responsabilizar o ex-governador Eduardo Campos de envolvimento em suposto recebimento de propina. Campos morreu em acidente aéreo há quase um mês.
Em entrevista ao Jornal da Record, Marina disse que se trata apenas de uma menção ao ex-governador e explicou que cabe à PF (Polícia Federal) e ao Ministério Público investigarem as denúncias, para a "sociedade brasileira entender o que está acontecendo na Petrobras".
— Em primeiro lugar, é uma citação. Na matéria [da revista Veja], não tem nenhum fato determinado. Em segundo lugar, o processo está em investigação. O que nós queremos é que as investigações sejam feitas e que aqueles que são culpados sejam punidos e os inocentes sejam inocentados. Não temos nenhum constrangimento com inverdades. Queremos a verdade.
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A candida disse que "todos os envolvidos no processo de investigação devem fazer seu trabalho com autonomia e isenção". Marina aproveitou para alfinetar Dilma, dizendo que a petroleira "era uma empresa respeitada, valorizada e no atual governo está quatro vezes mais endividada".
Ainda sobre a Petrobras, Marina lembrou que "houve um escândalo" na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo ela, "a Petrobras é uma empresa que era eficiente e, hoje, está em situação de completa insolvência em função da incompetência".
— Doa em quem doer, [...] nós queremos a verdade. Essa é a determinação do PSB, essa é a minha determinação e essa é a determinação do povo brasileiro.
Reajustes e equipe econômica
Marina também falou sobre eventuais reajustes no preço da gasolina e da energia elétrica. Segundo a candidata, "o atual governo levou nosso País a uma situação de muita dificuldade econômica" porque a "presidente que foi eleita disse que ia controlar a inflação, fazer o País crescer e baixar os juros, [e agora] vai entregar o País com juros altos, crescimento baixo e inflação acima do teto da meta".
— Temos dito que o governo tem a responsabilidade de parar com os preços administrados [...] para controlar artificialmente a inflação. Ela já sinalizou que vai começar a fazer o ajuste do preço da gasolina.
Em relação à mudança da equipe econômica proposta por Dilma Rousseff (PT), que inclui a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em caso de reeleição, a candidata do PSB disse que agora é tarde.
— Ela chegou a dizer que vai fazer mudança na sua equipe econômica. Obviamente agora é tarde porque agora quem vai fazer a mudança é a sociedade brasileira, que vai tirar Dilma Rousseff do governo porque se comprometeu em controlar a inflação, com crescimento e baixar juros e nada disso é realidade no nosso País. [...] Um País como o nosso não pode sacrificar seu futuro em nome de ganhar essa eleição.