Durante a noite, cerimônia religiosa foi realizada na escola em Suzano
Kaique Dalapola/R7No início da noite desta quarta-feira (13), marcada pelo massacre em Suzano (Grande São Paulo) que terminou com 10 mortos, vizinhos, estudantes e amigos das vítimas se juntaram a líderes religiosos em uma cerimônia em frente à escola estadual Professor Raul Brasil.
Por volta das 9h40, 18 pessoas foram baleadas dentro da escola, localizada no bairro Parque Suzano. Das vítimas, cinco alunos e a coordenadora morreram no local, a diretora chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
Na sequência, um dos atiradores matou o outro e depois se suicidou.
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“Independente de religião, estamos todos prestando homenagens às famílias e lamentando o que aconteceu, porque todos que morreram eram amigos da comunidade”, disse Rogério Quadra, 37 anos, responsável por colocar algumas flores e nomes de vítimas na entrada da escola.
Participando da cerimônia com os olhos lacrimejando estava Vitor Gabriel, 17 anos. Ele é um dos sobreviventes do massacre. “A gente estava no intervalo e eu só vi o barulho de quando ele atirou na coordenadora. Foi quando saímos correndo para cantina”, lembra.
Este é o primeiro ano que Vitor estuda na escola Raul Brasil, por isso, disse não ter amizade com nenhuma das vítimas, mas está abalado pelo que presenciou.
O jovem estava acompanhado da ex-aluna da escola Alessandra Evaristo, 18 anos. Aos prantos, ela relembra do tempo que estudava lá. “É uma escola muito boa, os problemas são os mesmos de todas as escolas”, disse.
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Ela afirma que via o atirador Guilherme na escola enquanto estudava, mas não tinha proximidade e nada do rapaz o diferenciava dos demais estudantes.
Os líderes religiosos pretendem fazer uma homenagem às vítimas, juntamente com os familiares, a partir das 22h desta quarta-feira. Os corpos aguardam liberação do IML (Instituto Médico-Legal).
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