Por Alistair Smout
LONDRES (Reuters) - Johnny Depp não foi violento com a ex-mulher Amber Heard e foi ela quem o atacou, segundo declaração em tribunal de Londres nesta terça-feira, quando o julgamento por difamação do ator de Hollywood contra um tabloide britânico se aproximava do fim.
Depp, astro de "Piratas do Caribe", está processando a editora do jornal The Sun, News Group, e um de seus jornalistas, Dan Wootton, por causa de um artigo de 2018 que o chamou de "espancador de mulheres".
O ator de 57 anos e sua ex-mulher Heard, de 34, prestaram depoimento no julgamento. Depp disse que nunca foi violento com Heard ou qualquer outra mulher e que foi ela quem o atacou.
Heard descreveu vários incidentes em que, segundo ela, foi agredida por Depp, e na segunda-feira sua advogada disse que a alegação de agressão contra a esposa era verdadeira e que Depp era um "viciado incorrigível".
Em um discurso de encerramento, o advogado de Depp, David Sherborne, afirmou que, embora o ator tenha se aberto sobre o uso de drogas e álcool, Heard minimizou seu próprio consumo das substâncias, além de suas questões de ciúme e raiva.
"Ela é a agressora, não o sr. Depp. Ele não é espancador de mulheres", disse Sherborne ao tribunal, acrescentando que a "falta de credibilidade" de Heard havia sido comprovada nas evidências que ela mesma ofereceu.
Ele declarou que Heard é uma "testemunha totalmente não confiável e, francamente, mentirosa compulsiva" que adaptou sua história para equilibrar as evidências produzidas contra ela.
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