Cenário econômico contribuiu para aumento das vendas
Uarlen Valério/O Tempo/Estadão Conteúdo – 23.12.2017As vendas cresceram 6% no Natal deste ano em relação ao apurado em 2016, movimentando R$ 51,2 bilhões, segundo dados da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), que realiza pesquisa junto a cerca de 150 empresas de varejo associadas à entidade.
De acordo com Alshop, a evolução das vendas no período foi influenciada pelos sinais de recuperação lenta e gradual do mercado de trabalho, em um cenário de queda da inflação e redução da taxa básica de juros.
Também impactaram positivamente o varejo de fim de ano as liberações das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o saque do PIS/Pasep.
"Tivemos um faturamento importante, vínhamos de dois Natais em queda", avalia o presidente da entidade, Nabil Sahyoun.
Ele comemora ainda o crescimento das vendas em lojas de shopping ao longo do ano, que acumularam avanço de 5,3%, em termos nominais, ante 2016, a R$ 147,5 bilhões.
No ano, os segmentos que mostraram as maiores variações nominais foram brinquedos, com alta de 10% ante 2016, seguido de óculos, bijuterias e acessórios, com 9,2%.
Aumento do número de lojas
O segmento de lojas de shoppings voltou a crescer em 2017, tendo fechado este ano com 124 mil lojas, segundo a Alshop. O número é 2% maior do que o registrado em 2016, quando houve queda do volume de pontos de venda em operação, mesmo com a inauguração de empreendimentos.
Em 2017, foram inaugurados 12 shoppings, sendo cinco nas capitais e sete no interior, "evidenciando o processo de interiorização nos últimos anos", aponta a entidade. As aberturas geraram 20,6 mil novos empregos em 2017. "Na busca pela retomada do emprego, a indústria de shoppings mostra sua força", observa Nabil Sahyoun, presidente da entidade.
Ele destaca ainda o número de empregos temporários gerados durante o período natalino. Foram 115 mil contratações temporárias, um aumento de 5% ante o registrado em 2016.
De acordo com a associação, o varejo deve absorver cerca de 15% dessas contrações, substituindo funcionários que tenham apresentado desempenho insatisfatório ou então, já se planejando para eventuais expansões das redes.