Restaurantes também oferecem opção de retirada nas lojas
Divulgação / AlbanosRestaurantes e bares de Belo Horizonte estão se reinventando para enfrentar as restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus. Sem poder abrir as portas para atender os clientes nas mesas, muitos negócios estão investindo no delivery para não parar as vendas.
A rotina dos estabelecimentos na capital mineira mudou desde o último 20 de março, quando passou a valer o decreto do prefeito Alexandre Kalil (PSD) que suspende o alvará de funcionamento de comércios com "potencial de aglomeração de pessoas". Desde então, apenas serviços essenciais como farmácias e supermercados podem receber clientes nas lojas. Os demais só podem funcionar por meio de entregas e televenda.
A chopperia Albanos foi um dos estabelecimentos que precisou fazer mudanças e passou a oferecer o cardápio da marca em um aplicativo de comidas. Para completar, o cliente pode, ainda, fazer o pedido diretamente no telefone da empresa e buscar o prato na loja, conforme explica a gestora Fernanda Zatar.
— Estamos passando por uma época de crise, então a gente se vira como pode.
Fernanda conta que também ampliou o menu para conquistar mais clientes durante a quarentena. Além das tradicionais porções de petiscos, a empresa voltou a oferecer pratos alemães de um antigo restaurante da rede. Assim, o público pode pedir clássicos da culinária germânica, como o mix de salsichões especiais e joelho de porco com chucrute.
— Com essa situação que as pessoas precisam comer em casa, a gente pensou: por quê não trazê-lo de volta? Ele é um restaurante que o público procura e que agrada a família toda.
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Os comerciantes que estão conseguindo manter as portas abertas precisam, ainda, adotar medidas de higiene, seguindo o decreto estadual de combate à covid-19. Fernanda Zatar pondera que estes cuidados também transmitem confiança aos clientes.
— Todas as nossas embalagens são fechadas a vácuo, não são como marmitex comuns. Desta forma, não existe a possibilidade do entregador tocar na comida.
Isolamento social
Um relatório da SES (Secretaria de Estado de Saúde) indica que as restrições do isolamento social devem continuar no Estado pelo menos até o dia 13 de abril para conter a proliferação da doença.
Em entrevista à Record TV Minas, o governador Romeu Zema (Novo) disse que estuda flexibilizar o funcionamento de alguns comércios, mas bares, casas de show e teatros devem ser os últimos a voltar ao funcionamento normal.
— É muito cedo para falar em retorno, mas tenho frizado que da mesma maneira que pensamos e planejamos o fechamento, estamos planejando a reabertura.