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O verão começa oficialmente neste sábado (21) e com ele surgem algumas doenças típicas desta época do ano. Exposição prolongada ao sol e consumo de alimentos em praias são alguns fatores de risco para a ocorrência de desidratação, insolação, dengue, intoxicação alimentar, hepatite A e problemas de pele. Para garantir que a diversão não acabe mais cedo, o infectologista Munir Akar Ayubpara, do Hospital e Maternidade Brasil, dá algumas dicas
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A desidratação se caracteriza pela perda de líquidos e sais minerais do corpo, podendo ser agravada por vários fatores inerentes ao verão, como o aumento da própria transpiração. Normalmente, o organismo perde em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, fezes, suor ou até mesmo respiração.
Para prevenir a desidratação, o especialista recomenda "ingerir dois litros de água por dia, tomar banhos em temperatura ambiente e usar roupas leves”Thinkstock
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Caso a pessoa apresente sinais como sede, muito tempo sem urinar, boca e mucosas secas e olhos ressecados, o quadro de desidratação pode estar instalado. Como tratamento, o soro caseiro pode ser utilizado a cada 20 minutos ou após cada evacuação, se houver diarreia. Mesmo assim, o infectologista enfatiza que é necessário procurar o médico
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Os alimentos também devem receber atenção especial, pois o calor possibilita a rápida proliferação de bactérias. Eles devem ser bem lavados, de preferência deixando-os por algum tempo em um recipiente com água e algumas gotas de água sanitária. Além disso, o especialista sugere que alimentos gordurosos sejam evitados.
— No verão, o certo é consumir alimentos leves e não gordurosos, pois o calor faz com que os produtos estraguem mais rapidamenteGetty Images
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A principal causadora da intoxicação alimentar é aquele local que não dispõe de padrões de higiene adequados para o preparo ou conservação dos alimentos, ou que deixam a comida exposta ao calor por longos períodos.
Segundo o médico, a intoxicação pode acarretar diarreia, náuseas, vômitos, febre, cefaleias e até mesmo desidratação grave. Em geral, esses sintomas duram poucos diasThinkstock
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A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, é uma das mais conhecidas doenças de verão. Quem é picado pelo inseto pode apresentar febre alta, dores de cabeça, nos músculos e nas articulações, além de perder o apetite, ter náuseas e manchas vermelhas por todo o corpo, acompanhadas de coceiras
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Quem não gosta de ficar com a pele bronzeada no verão? Mas, para isso, é importante aplicar o protetor solar pelo menos 15 minutos antes da exposição ao sol, repetindo a aplicação a cada duas horas. Além disso, o médico recomenda fugir do sol entre 10h e 16h
Exposição ao sol sem proteção causa câncer de pele. Saiba como evitarThinkstock
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Para prevenir o ressecamento da pele, o especialista orienta evitar banhos prolongados e com água muito quente. Ele também que esfregar buchas diariamente na pele pode desencadear o ressecamento. Uma dica é passar hidratante no corpo com a pele ainda um pouco úmida diariamente
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A hepatite A é outra doença comum do verão, exatamente porque uma das formas de transmissão é pela água ou alimentos contaminados com o vírus. Os sintomas podem demorar para aparecer, mas entre eles estão amarelamento da pele, febre, dores de cabeça e musculares e o aumento do tamanho do fígado. Neste caso, o atendimento médico é fundamental para o diagnóstico
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De acordo com a dermatologista Daniela Lemes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretora médica da Slim Clinique, ficar com calção de banho molhado pode provocar micose da virilha. A doença é uma lesão avermelhada, descamativa que ocorre em uma ou nas duas coxas, podendo afetar a pele do escroto. Trata-se de situação das mais comuns, principalmente em meninos que permanecem muito tempo com roupa molhado seguida de períodos de suor intenso. Há vários tipos de fungo que causam essa doença que muitas vezes persiste além do verão.
O que fazer: Não permanecer com calção molhado. Não deixar o short suado secar no corpo. No caso de aparecimento de lesão, isolar a toalha utilizada e secar sem esfregar, pressionando o local. Procurar um médico de imediato, caso contrário a lesão progredirá e poderá aumentarThinkstock
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É uma infecção nos dedos e palmas dos pés e tornozelos causada por fungo. Mesmo após o tratamento, o pé de atleta pode voltar. É preciso ter cuidado, pois o pé de atleta é contagioso e pode ser transmitido por contato direto ou contato com outros itens, como calçados, meias e o piso de banheiros ou piscinas, explica a médica.
O que fazer: para prevenção seque bem entre os dedos, não ande descalço em ambientes públicos úmidos e não utilize sapatos emprestadosThinkstock