Empresas estão preocupadas com o tempo desperdiçado com cigarro e muitas vezes preferem contratar não fumantes
Getty ImagesOs trabalhadores fumantes devem se preocupar não apenas com a saúde, mas também com a produtividade no trabalho. Já que ele perde cerca de 90 minutos por dia de trabalho com o vício, e as empresas estão preocupadas com esse tempo desperdiçado.
De acordo com estimativas do especialista em finanças corporativas e diretor executivo do Grupo PAR, Marcelo Maron, o tempo médio para um funcionário fumar um cigarro apenas não é menor do que 15 minutos. Isso porque, com a eliminação dos fumódromos nas empresas, os empregados que fumam precisam ir para a rua ou para ambientes arejados.
— Dependendo do movimento do prédio comercial e das distâncias envolvidas, esse é o tempo perdido com cada cigarro fumado. Se para o empregado esse tempo longe da mesa de trabalho pode não ser significativo, para as empresas pode significar o dado que faltava para buscar profissionais que não fumem.
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Se o trabalhador fumar seis cigarros durante o expediente de 8 horas — três pela manhã e três à tarde. Esses seis cigarros vão consumir cerca de 90 minutos, o que equivale a quase 20% do horário de trabalho.
De acordo com a Catho, pausas quebram rotinas, processos e a produtividade em si, principalmente em setores que exigem análises mais estratégicas para as companhias.
Custo
Maron fez os cálculos das perdas financeiras que o vício representa. Um funcionário com salário de R$ 3.000, com benefícios e encargos legais, custa para a empresa R$ 5.400 por mês.
— Se o empregado está ausente quase 20% deste tempo para fumar, seu vício custa R$ 1.080 por mês para a empresa, ou R$ 12.960 por ano.
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Na contratação, um funcionário que fuma pode perder a oportunidade para outro que não fume, por causa dessa perda financeira. Segundo o gestor de Carreiras e Projetos da Top Quality Giovani Falcão, em contratações em massa, isso pode não ser um fator crucial, mas em casos de contratações pontuais, ser ou não fumante pode influenciar a contratação.
De acordo com Maron, se há “empate entre bagagem acadêmica e experiência, com certeza o fumante terminará eliminado do processo seletivo, embora muitas empresas se neguem a admitir isso”.
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