Pelo menos 118 militares foram investigados por abusos de menores de idade
Mauricio Dueñas Castañeda/ EFE/ 26.01.2020Colombianos foram às redes sociais para exigir que sete soldados sejam acusados e condenados pelo abuso sexual de uma criança indígena, recebendo as penas máximas previstas, expressando indignação com a possibilidade de a Justiça não acontecer.
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Os soldados confessaram "relações sexuais abusivas" com uma menina de 12 anos da etnia Embera na semana passada e podem ser condenados a entre 16 e 30 anos de prisão, de acordo com o Procurador Geral colombiano, Francisco Barbosa.
Eles já foram acusados formalmente e aguardam julgamento em um tribunal civil.
O caso ilustra o problema violência sexual contra mulheres e meninas indígenas, o que líderes comunitários e grupos de direitos humanos dizem que muitas vezes são ignorados, principalmente se perpetrados por militares.
Grupos indígenas colombianos acusam há muito tempo os grupos ilegais armados e as Forças Armadas de cometerem violações de direitos humanos, especialmente durante a longa guerra civil e das disputas por terra, segundo eles incentivadas por racismo.
Uma petição online exigindo sentenças máximas reuniu mais de 61 mil assinaturas em uma semana.
Líderes militares e o presidente colombiano condenaram o incidente, e os sete soldados e três de seus superiores foram demitidos.
Pelo menos 118 militares foram investigados desde 2016 por suposto envolvimento em casos de abuso sexual contra crianças, 50 deles envolvendo indígenas, segundo o general do Exército colombiano Eduardo Zapateiro.
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