A cantora, em um de seus shows em boates: novo álbum, com quizomba e eletônico, previsto para agosto
Fred Pontes/DivulgaçãoKelly Key largou a carreira de cantora. Kelly Key morreu. Kelly Key não morreu. Kelly Key virou cantora de boate. Apesar de não lançar álbum há seis anos, a cantora que estourou com o hit "Baba" (em 2001) aparece toda hora como protagonista de reportagens internet afora. Desta vez, virou assunto nas redes sociais devido a um concurso, lançado ontem, em que convoca designers a criarem sua nova logomarca. Houve quem considerasse que ela queria explorar a mão de obra alheia e quem considerasse que o prêmio de 1000 reais, pago ao vencedor, estava de bom tamanho. A artista, que está prestes a colocar nas prateleiras um novo disco, comentou o caso.
Muita gente reclamou do seu concurso. Como encarou isso?
Eu não vendo logos, eu vendo shows. Estou sabendo da repercussão negativa apenas por você, pois tudo o que me chegou até agora foi bem positivo. Em 24 horas, recebemos 380 trabalhos, o que é um recorde para a empresa que me procurou e propôs esse concurso. Nosso objetivo é dar visibilidade a designers que não têm oportunidades, há um prêmio de R$ 1000, então avalio que foi um sucesso. Mas, olha, depois que vi a quantidade de coisa linda que chegou, estou pensando em dar 10% do faturamento de alguns produtos meus para o vencedor, como forma de reconhecimento. Sem contar que foi uma chance de meus fãs participarem de um momento da minha carreira.
Você tem muitos fãs?
Acho que sim! Mantenho contato com 120 fã clubes oficiais, que credenciei para estar sempre ligada a eles. Até hoje o sucesso de "Baba" repercute no exterior. Tenho muitos fãs no Japão. Eles me cobraram muito um trabalho novo, estão ansiosíssimos com o lançamento do álbum.
O seu novo álbum vai na linha “Kelly Só Para Baixinhos” ou tem uma linha mais adulta?
O segmento infantil nunca foi o alvo inicial, mas algo que aconteceu e considero uma bênção. Viraram 70% do meu público. Mas daí as crianças cresceram e acho que hoje tenho identidade com a família toda. Gravei as faixas em Angola, de onde vem o ritmo que é minha aposta nesse trabalho, a quizomba. Mas também tem um pouco de eletrônico, porque me apaixonei por fazer shows na noite, nas boates, lugares onde o público está com mais vontade de dançar. O nome, pelo menos por enquanto, será “Kelly Key – No Controle”, mesmo da turnê que pretendo começar em setembro.
Você está mais sarada do que nunca. Pretende explorar a boa forma com os figurinos da turnê?
Para alguém que teve dois filhos, não tem coisa melhor que ouvir isso, obrigada. Sinto orgulho do meu abdômen, que esticou tanto e agora está sequinho. No quesito fitness, estou bombando mesmo, mas malho uma hora por dia, de segunda a sábado. Faço musculação, exercícios aeróbicos, jiu jitsu e pilates. Então acho que é legal usar isso no palco, sim, mas também porque figurino de show tem que ser confortável, com pernoca de fora e muita roupa bem justa.
Por que as pessoas gostam tanto de inventar que você morreu?
Não sei, mas já me mataram muitas vezes. Pelas minhas contas, como tenho sete vidas, ainda me restam umas quatro. Na primeira vez que surgiu esse boato, meu avô, que é cardíaco, foi parar no hospital.
Do que você vive hoje?
De shows em boates e até recentemente, do meu contrato com a Record. Mas a maior parte dos rendimentos vem de investimentos que, por orientação da minha mãe, comecei a fazer ainda na época de "Baba". Nunca me deslumbrei, nem tive grandes luxos além de gostar de viajar, coisa que faço três vezes por ano. Agora, com o novo trabalho, volta a entrar mais grana, mas eu mesma estou apostando meus recursos para o lançamento, banquei a gravação e vou arcar com os videoclipes.
Queria que você respondesse a umas perguntas baseadas nas suas músicas, pode ser?
Vamos lá.
Para quem você baba, baby?
Para meus filhos. Aliás, babo bastante pelos meus babies.
Com quem você não quer mais brincar de adoleta?
Ah, adoleta eu só quero brincar com meu marido.
Em quem você daria um “Sit! Junto!”?
Não quero me meter num assunto que não domino, mas daria uma chamada nas autoridades envolvidas nessa guerra entre Israel e Palestina.
Quem é a maior Barbie Girl dos dias de hoje?
Angelina Jolie, pela coragem em adotar tantas crianças, ser pé no chão, ir a lugares humildes oferecer apoio... Além de ser exuberante.