Canadá quer mais pressão por investigação de acidente com avião no Irã
Reprodução via ReutersO ministro das Relações Exteriores do Canadá, François-Philippe Champagne, anunciou nesta sexta-feira (10) a criação de um grupo internacional de trabalho para pressionar o governo do Irã a fazer uma investigação completa sobre a queda do Boeing 737-800 da Ukrainian Airlines na última quarta, em Teerã.
O grupo será formado por representantes dos países que tinham cidadãos entre as 176 pessoas que morreram no acidente. Além do Canadá, farão parte o Reino Unido, Suécia, Ucrânia, Afeganistão e Uruguai.
Dos ocupantes do avião, 82 eram iranianos — o Irã não fará parte do grupo —, 63 eram canadenses, 11 ucranianos (dois passageiros e nove tripulantes), dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos.
Comunicação e informações
Champagne disse que os representantes de cada país no grupo vão se comunicar e dividir informações diariamente, em um esforço para confirmar a real causa do acidente.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau disse que diversos relatórios de inteligência indicavam que a aeronave teria sido abatida por um míssil terra-ar iraniano.
A tragédia aconteceu horas depois que o Irã disparou uma dúzia de mísseis balísticos em direção a duas bases ocupadas por tropas norte-americanas no Iraque, na terça-feira. A ação foi uma retaliação pelo ataque dos EUA que matou o general Qassen Soleimani, na semana passada.
A autoridade civil de aviação do Irã disse que está seguindo a legislação internacional e convidou os países relacionados ao acidente para participar da investigação.