Celebração alvi-celeste na Arena ainda-sem-nome de Itaquera
@CruzeiroNos seus quase 80 anos de desafios, em 89 prélios o Corinthians havia criado uma folga alentada de sucessos contra o Cruzeiro, 38 a 29. Nos gols, ostentava 116 a 100. Nos cotejos decisivos, porém, chegou a esta noite de sábado, 19 de Outubro, pela rodada 27 do Brasileiro de 2019, em razoável desvantagem. Levou o título nacional de 1998 mas perdeu a final da Copa do Brasil de 2018. E, em mata-matas, safou-se em dois e caiu em três. Placar de Cruzeiro 2 X 1. Mas, por quê este combate acontecido na Arena ainda-sem-nome de Itaquera, 31.882 espectadores, poderia se encaixar em um inventário de decisivos?
Carille: e o futuro?
R7 EsportesMuito simples de entender. Embora na quarta colocação do certame, 44 pontos, dentro da zona de classificação à Libertadores de América, o “Timão” vive um momento particularmente complicado. Depois de, como visitante, sobrepujar a Chapecoense por 1 X 0, no dia 2, ainda não tinha vencido no mês e parte da sua torcida pedia a queda de Fábio Carille, seu treinador. Com 25 pontos e na zona de desabamento à Série B, a “Raposa” havia acumulado apenas 6 dos últimos 15 pontos que disputou. Depois da rodada 13 havia demitido Mano Menezes, o mais antigo no encargo dentre os 20 técnicos do torneio Na 21, partiu Rogério Ceni. Agora, seguia titubeante sob Abel Braga.
Abel Braga: é o presente!
Divulgação CruzeiroSem os suspensos Cássio e Gil, sem Manoel que pertence ao Cruzeiro e atua por empréstimo, Carille montou uma zaga inusitada, Marllon e o uruguaio Bruno Méndez. Além de não poupar o volante Ralf, recentemente envolvido em um acidente de trânsito, lhe ofereceu a braçadeira de capitão. E também escalou um ataque insólito, Janderson e Gustagol, estréia como parceiros. Pela “Raposa”, sem o lesionado Rodriguinho, o Abelão colocou em ação um outro ex-Timão, Marquinhos Gabriel. Azar, logo aos 19’ se obrigou a trocar Dedé, o seu melhor beque, com distensão muscular, pelo garoto Cacá, 20 de idade.
No Twitter oficial do Corinthians, a ilusão do gol 11.000
@CorinthiansExcesso de toquinhos, passes tortos, equívocos ridículos de finalização caracterizaram a porfia até os 34’. Então, parecia melhor o Cruzeiro quando, num lance belíssimo, um sem-pulo de destra depois de um cruzamento do lado oposto do gramado, Fagner anotou o seu primeiro tento no campeonato, o de número 11.000 nos quase 110 anos e na partida de número 5.854 da história do Corinthians. Durou pouco a festa da platéia, todavia. Aos 38’, e num lance bobíssimo, Bruno Méndez acertou um cotovelo na pelota enquanto tentava controlar Marquinhos Gabriel. Xará do uruguaio, Bruno Arleu de Araújo nem precisaria do VAR. Pênalti que Fred converteu, o empate, 1 X 1.
Euforia da torcida da "Raposa" em plena casa do "Mosqueteiro"
@CruzeiroMelhorou bastante o “Mosqueteiro” na etapa derradeira. E realizaria 2 X 1, aos 51, num petardo de Mateus Vital, se o árbitro xará não apontasse uma infração inexistente de Manoel em Fred. Pior, ironicamente, aos 70’, depois de uma bola que resvalou precisamente em Fagner, em posição de completo impedimento Ederson fez 2 X 1. O impedimento que deixou de existir quando a pelota bateu na canela do artilheiro dos 11.000. Carille reclamou que o auxiliar Luiz Cláudio Regazone havia levantado a sua bandeira e que, por isso, a retaguarda do “Timão” havia permitido o gol. Tolice. Uma retaguarda não pode parar, nunca. E Carille, furioso, acabou expulso. Os últimos minutos transcorreram pateticamente. Abelão se livrou da beira do buraco. Sobrou a expectativa do que sucederia com o treinador do alvinegro nos vestiários.
Voltarei em edição extra, caso surjam novidades.
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