Uma das brigas, que ocorreu em uma estação de metrô
Reprodução Record TVAs brigas de torcida, problema constante nos clássicos Brasil afora, já foram alvo de diversas abordagens por parte do poder público, sempre em busca de uma solução para que elas se encerrassem. A mais recente destas é a instauração de torcida única nos estádios em clássicos locais.
Mas, segundo levantamento do R7, após a medida ser tomada em São Paulo, ocorreram 16 conflitos em dias destes tradicionais jogos. E o que chama a atenção é a distância média entre estas brigas e o local de realização dos clássico: 30 km.
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A última, registrada em Ferraz de Vasconcelos na semana passada, ocorreu a pouco mais do que esta média, com 34 km de distância.
Este distanciamento é salientado por Felipe Tavares Paes Lopes, professor de Comunicação e Cultura na Universidade de Sorocaba e pesquisador do tema: "Além da manutenção dos confrontos fora do estádio, há um aumento de rivalidades dentro de uma própria torcida organizada. Ou seja, muitas das brigas são motivadas por rixas internas e isso, evidentemente, a torcida única não impede".
Para Mauricio Murad, sociólogo e autor do livro A Violência no Futebol: Novas Pesquisas, Novas Ideias, Novas Propostas, "de 10 anos para cá, os conflitos entre torcedores de futebol — ou melhor, gangues infiltradas nas torcidas organizadas — saiu dos estádios e, em mais de 90% do casos, se espalhou pelas cidades. Há conflitos e mortes bem longe das arenas".
Segundo apurou a reportagem, o mais distante destes conflitos ocorreu em Taubaté, no dia em que o Corinthians vences o Palmeiras e se sagrou campeão Paulista, no Allianz Parque. Haviam 127 km de distância entre a entreda da Arena, na avenida Francisco Matarazzo e o local, no interior paulista.
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