Poucos países podem afirmar que terminaram 2020 com uma relação tão conturbada quanto China e EUA. Desde o começo do ano, os dois travaram disputas comerciais, bloqueios de aplicativos, trocas de farpas por conta da pandemia e ameaças
Damir Sagolj/ Reuters - 9.11.2017
Travando uma briga comercial desde 2018, EUA e China finalmente chegaram a um acordo em janeiro, com uma queda nos investimentos chineses nos EUA e uma taxa altíssima que barra a entrada de produtos do gigante asiático em solo americano
Montagem: Reuters
O que parecia o começo de uma relação amigável e cordial em janeiro, acabou no primeiro trimestre. Em janeiro, a China alertou o mundo sobre o perigo do novo coronavírus, que pode ter aparecido em um mercado de Wuhan. Os EUA não ouviram o alerta e a pandemia chegou desoladora no país
Aly Song/Reuters
Atualmente, os EUA são o país com o maior número de casos e mortes por covid-19 no mundo. Desde que o vírus chegou por lá em março, o país se dividiu entre regiões que tomaram medidas de proteção contra a doença e os negacionistas. Por meses, Trump jogou no segundo time, não decretou uma quarentena nacional e minimizava a pandemia
Com a escalada de tensão entre as nações, os EUA fecharam o consulado chinês em Houston, no Texas, como uma ação para proteger a propriedade intelectual e informações privadas do país. A China negou que tivesse roubado qualquer informação americana
Com a tolerância baixa para produtos vindos da China, Trump também quis banir o popular aplicativo TikTok do país. Na aplicação, usuários podem fazer vídeos curtos, de até 1 minuto, e se tornou febre entre os jovens durante o isolamento
Dado Ruvic/Reuters
Uma condição para o TikTok continuar funcionando no país seria ser comprado por alguma empresa de tecnologia americana. Com isso, começou-se uma disputa entre gigantes da internet e de outros ramos. No fim, a Oracle e o Walmart ganharam a briga e vão controlar o aplicativo no país
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Com as eleições americanas em novembro, a China esperou até ter a confirmação do vencedor do pleito para parabenizá-lo. Trump foi derrotado pelo democrata Joe Biden, que assume o cargo em janeiro, mas especialistas acreditam que a postura do novo presidente com o gigante asiático deve ser de cautela e cuidado, ainda que com uma retórica menos agressiva