Leão enfrenta conflito com federação, que vetou inscrição de reforços por débito
Folha de PernambucoNeste sábado, o Sport recebe o Brasília Vôlei/DF, na primeira partida da série melhor de três jogos válida pelas quartas de final da Superliga B 2020. O duelo será às 18h, no ginásio Milton Bivar, na Ilha do Retiro. A situação do time pernambucano no certame, contudo, é crítica. Com apenas uma vitória em sete jogos na primeira fase, as rubro-negras se classificaram na oitava posição, enquanto o Brasília está invicto no certame. Rebaixado para a divisão de acesso do Nacional na edição 2018/2019, o time do Distrito Federal deu a volta por cima e fez um investimento pesado para recuperar a vaga na elite da Superliga. Já o Sport, que disputou a Superliga C no ano passado e ascendeu de categoria nesta temporada, pode voltar à terceira divisão em caso de derrota no playoff.
À frente do time pernambucano, o técnico Adalberto Nóbrega lamentou a situação, sobretudo porque, segundo ele, havia perspectiva de um cenário mais positivo. “Já com o campeonato acontecendo, conseguimos um patrocínio e corremos para conseguir quatro reforços que com certeza fariam uma diferença. Temos um time universitário e, mesmo com todas as disparidades, vencemos Blumenau/SC, que hoje é quinto colocado e está tranquilo mantendo a vaga para o ano que vem. Com os reforços, teríamos condições de brigar com os outros times”, destacou o treinador. As contratadas eram uma levantadora, uma líbero, uma oposta e uma meio de rede.
Segundo o presidente da Federação Pernambucana de Vôlei (Fevepe) Celso Assumpção, o Sport estava em débito na ocasião e, por conta da irregularidade, não foi possível efetuar a inscrição dos reforços. O clube admite a condição, mas pontua o fato de um atleta da equipe masculina do Rubro-negro ter sido inscrito em uma competição no mesmo dia em que houve a negativa para as meninas. Sobre isso, Assumpção limitou-se a dizer que “não posso falar nada agora porque eu não sei, desconheço”.
“A federação tinha o direito de não liberar as atletas porque havia o débito. Mas no mesmo dia em que vetou as meninas, inscreveu um atleta do time masculino do clube. Houve intransigência de ambos os lados. Genaro (Domingues, vice-presidente de esportes olímpicos do Sport) não aceitou como foi feito o pleito (a eleição mais recente da Fevepe, no início do ano) por conta das datas, o Sport acionou a Justiça e aí nasceu o problema”, comentou o coordenador de esportes olímpicos do clube, Rodolfo Albuquerque. Sobre o pleito, Celso Assumpção rechaçou qualquer irregularidade. “Não tenho nada a falar sobre isso. A eleição foi feita dentro dos conformes, encaminhada para cartório, foi para tribunal julgar e não teve nada.” Entre profissionais e atletas da modalidade, comenta-se que um atrito entre o mandatário da Fevepe e o gestor rubro-negro tenha dificultado o trâmite das atletas que reforçariam o time.
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A quem trabalhou para conquistar a vaga da C para a B em 2019 e tentava se manter na divisão imediata de acesso à categoria principal da Superliga, restou o gosto amargo de andar para trás. “Fiquei decepcionado porque ralamos bastante, principalmente para conseguir o patrocinador, que é algo muito difícil atualmente, e poderíamos ter tido uma melhor campanha. A nossa meta era manter a vaga na B esse ano e tentar captar mais parceiros para o ano que vem. Na C ficará mais complicado. Sem contar que isso é ruim também para o vôlei do Estado. Uma equipe disputando campeonato nacional atrai a garotada, gera estímulo. Nossas partidas deram bons públicos esse ano”, pontuou Adalberto Nóbrega.