Em março de 2013, rebeldes muçulmanos, conhecidos como Selekas, derrubaram o então presidente da República Centro Africana, François Bozizé. Os abusos e assassinatos cometidos quando eles estavam no poder levaram à criação de milícias cristãs, conhecidas como “anti-balakas”
REUTERS/Goran Tomasevic
O país foi paralisado por ciclos de assassinatos, torturas e saques após os rebeldes muçulmanos tomarem o poder na nação de maioria cristã
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A violência se intensificou desde que o líder seleka, Michel Djotodia,
deixou o poder em janeiro devido à pressão internacional. Desde dezembro, as milícias cristãs entraram em confronto com os
partidários dos grupos rebeldes muçulmanos
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Mas, o grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional advertiu que o país precisa de mais soldados com urgência para proteger moradores na capital onde, segundo a organização, foram cometidos crimes de guerra
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Novas eleições
devem acontecer em 2015, mas o governo em Bangui, capital do país, exerce atualmente pouco
controle, mesmo dentro da cidade
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A antiga colônia francesa tem vivido ciclos de violência e assassinatos religiosos, apesar da presença no país de tropas de paz africanas (cerca de 6.000 homens) e francesas (1.600 soldados) para conter o conflito que, de acordo com diplomatas, poderia virar um genocídio
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou que a resposta internacional à crise da República Centro-Africana infelizmente está sendo "inadequada", já que milhares de civis têm "extrema necessidade de proteção"
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As milícias cristãs buscam vingança por causa dos abusos
cometidos pelo grupo Seleka enquanto ele governou do país, e estão presentes em
quase todas as comunidades porque se organizaram em grupos de autodefesa
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Cerca de um milhão de pessoas tiveram que deixar as suas casas por causa
da violência. A ONU estima que pelo menos 2.000 pessoas morreram desde o início
da crise
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Sem o grupo rebelde Seleka no poder, muitos muçulmanos fugiram do sul, e
uma autoridade da ONU alertou para a possibilidade de uma "limpeza étnica
e religiosa"
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Djotodia,
desde então, perdeu o controle de seus ex-combatentes, cujos abusos levaram ao
surgimento de milícias conhecidas como o anti-balaka, ou anti-facão na língua
local Sango
Após um ano desde o golpe que derrubou o presidente François Bozizé e
provocou uma escalada de violência, a população está em grave perigo porque a
comunidade internacional foi incapaz de protegê-la
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Desde dezembro de 2013, a violência na República Centro-Africana forçou
a fuga de quase um milhão de pessoas, das quais mais de 650 mil são deslocados
internos e cerca de 300 mil se refugiaram em países vizinhos, especialmente
Chade e Camarões