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“Qual de vocês aí, que é casado, que nunca brigou com a mulher? Nunca discutiu, nunca até saiu na mão com uma mulher né, cara?”
A frase, dita pelo goleiro Bruno Fernandes em março de 2010 se referia a um relacionamento antigo de Adriano Imperador com uma namorada, mas alertava para um crime que ocorreria três meses depois, em um 10 de junho, como esta quarta-feira, há exatos dez anos. O ex-jogador do Flamengo foi condenado por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado no episódio que terminou na morte de Eliza Samudio.
Relembre a ordem dos fatos a seguir
Reprodução
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Bruno e Eliza haviam se conhecido em maio de 2009, em uma festa, na qual o goleiro admitiu as relações extraconjugais com a modelo
Reprodução/Record TV
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Em outubro daquele mesmo ano, grávida, Eliza vai a uma delegacia da mulher, no Rio, registrar ocorrência de agressão de Bruno. Segundo ela, o goleiro queria que ela tomasse abortivos
Facebook/Reprodução
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Em fevereiro de 2010, nasceu o pequeno Bruninho, meses antes da primeira frase questionável do jogador
Reprodução/Record TV
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Em 10 de junho, a mando de Bruno, Eliza é levada por Macarrão e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola (policial e contratado de Macarrão), para o sítio do jogador em Vespasiano (MG). Ali então se dá a morte da modelo por motivo torpe, asfixia e com dificuldade de defesa da vítima
Reprodução/Record TV
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O corpo de Eliza jamais foi encontrado
Reprodução/Record TV
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A cronologia dos fatos mostra que Bruno mentiu em entrevista após o treino do Flamengo ao afirmar que acreditava que Eliza estava viva:
“É lógico que eu quero, poxa, que ela apareça, que acabe logo com isso, entendeu?”, disse o goleiro, já cercado por microfones de toda a imprensa. O caso inclusive ganhou repercussão mundial
Reprodução
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Em depoimento, Bruno disse que ‘não mandou, mas aceitou’ que Eliza havia sido assassinada por Bola a mando do amigo Macarrão
Reprodução/Record Minas
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"Como mandante, dos fatos, não, eu nego. Mas de certa forma, me sinto culpado", afirmou. "Eu não sabia, eu não mandei, excelência, mas eu aceitei", disse ele à juíza Marixa Rodrigues
Alex de Jesus/Agência Estado/15-10-10
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Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de reclusão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho
Reprodução/TV Record
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Bruno, então com 26 anos, vivia o auge da sua carreira no Flamengo e teria um pré-contrato para jogar no Milan, da Itália
Reprodução/Record TV
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O jogador, que foi revelado pelo Atlético-MG, teve uma passagem rápida no Corinthians, tinha feito grandes atuações pelo Flamengo e era cotado para ser o titular da Copa do Mundo de 2014, no Brasil
Reprodução / Record TV Minas
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Em sua primeira entrevista desde que deixou a cadeia para cumprir a pena em regime semiaberto, em julho de 2019, o goleiro Bruno falou com exclusividade ao Domingo Espetacular, da Record TV. Leia mais
Reprodução/Record TV
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“Se hoje chegasse para mim e falasse que estava grávida. Hoje, a pessoa que sou, ela iria procurar os direitos dela, contratar os advogados dela, deixar advogado resolver. Eu não iria deixar a situação na mão de terceiros. Eu mesmo iria resolver. Eu mesmo iria conversar”, disse Bruno
Reprodução/Instagram @oficialbrunogoleiro