O vergonhoso gol que não foi validado para o Corinthians. Constrangedor
Twitter CorinthiansSão Paulo, Brasil
O São Paulo deve o empate em 1 a 1 com o Corinthians, no Itaquerão, a uma arbitragem vergonhosa de Rodolpho Toski Marques.
O juiz não confirmou gol claro de Danilo e ainda não marcou pênalti de Bruno Alves em Romero.
Lances claríssimos que nem precisavam de VAR.
O que aconteceu no clássico de hoje foi constrangedor.
"Foi a primeira vez que eu desço para o vestiário que os jogadores estavam até querendo não entrar em campo.
"A gente não vêm fazendo um bom campeonato, mas está demais. O Corinthians já foi beneficiado e prejudicado, mas esse ano está demais. Todo mundo viu, 44 mil pessoas viram. O árbitro é incompetente e irresponsável. Tem que ir descansar, fazer outra coisa. O que eu vi hoje foi uma vergonha", resumia o presidente corintiano, Andrés Sanchez.
Vale lembrar que Sanchez votou contra o VAR, o árbitro de vídeo, no Brasileiro.
"O preço era 100% mais caro que Portugal. E quem explicou o VAR nem sabia os métodos. Foi por esses motivos que votei contra", disse o dirigente.
Fora as queixas de Andrés, o time de Diego Aguirre mostrou toda sua fragilidade tática. O treinador não conseguiu aproveitar jogar durante todo o segundo tempo com um jogador a mais.
"Acontece de às vezes ficar com um homem a menos e os times se fecham bem. Aí não encontramos espaços. Não estamos encontrando essas opções de ataque que queremos. Mudamos o esquema por coisas que aconteceram. Perdemos jogadores por lesão. Está claro que o time não está com clareza e profundidade com ideia de procurar o gol. Não temos clareza para jogar com a bola", disse o treinador do São Paulo, assumindo a falta de rumo do time.
Alguém precisa avisar ao técnico uruguaio que é ele quem precisa dar o rumo.
O chileno Araos foi expulso infantilmente no último lance da primeira etapa.
Não é por acaso que conselheiros estão exigindo que Aguirre não renove contrato com o São Paulo. O técnico uruguaio é o grande responsável pela decadência do clube no Brasileiro.
Ele não soube o que fazer quando teve a grande vantagem, um atleta a mais por todo o segundo tempo. Pelo contrário até, o Corinthians seguiu muito melhor.
A pressão para que Aguirre não fique é imensa.
O inseguro presidente Leco não sabe o que fazer.
O São Paulo fica estagnado na quarta colocação, podendo ser ultrapassado amanhã pelo Grêmio, que enfrenta o fraco Vasco, em Porto Alegre. O Corinthians chega aos 11º lugar, ficou a seis pontos da zona do rebaixamento.
"Ruim (o resultado), pior a atuação dos árbitros, um gol legítimo no primeiro tempo, tem juiz,bandeirinha e a m... do juiz lá atrás e ninguém vê. Toda vez erram contra o Corinthians, pênalti no Romero. É brincadeira", desabafava, com razão, Jadson.
"Faltou mais agressividade. A gente, com um a mais, não pode se submeter a ficar atrás", destacava, irritado, Bruno Perez.
Jadson e Bruno Perez têm toda a razão.
O que se viu no Itaquerão foi a antítese da razão. O Corinthians tem um elenco mais fraco que o São Paulo e faz campanha fraquíssima no Brasileiro, sabotado pela diretoria comandada por Andrés Sanchez, que desmanchou o time campeão brasileiro de 2017.
Jair Ventura não pode ser cobrado de verdade pelo fraco trabalho que realiza. Suas opções são fracas. Ou veteranos desgastados, jogadores sem talento ou jovens inexperientes.
Do outro lado, Diego Aguirre viu o São Paulo buscar boas opções no mercado, jogadores experientes, tarimbados, vividos, com potencial para montar uma equipe para brigar pelo título, escapar do jejum de dez anos sem conquista no Brasileiro.
Depois de um primeiro turno firme, com o clube chegando em primeiro lugar, o treinador não faz a sua parte. E como aconteceu no Atlético Mineiro e no Internacional, Aguirre mostra enorme insegurança nas fases decisivas da competição.
O pênalti em Romero. Erro absurdo do árbitro que estava de frente para o lance
Twitter/CorinthiansFoi assim hoje em Itaquera.
Jair colocou uma equipe que nunca havia jogado antes.
Com Danilo, de 39 anos, como referência, na frente. Com um só volante de marcação, Ralf, de 34 anos. Araos, 21, Pedrinho 20 anos, Jadson, 35 anos, e Romero, 26 anos, no meio de campo. Na defesa, Fagner, Léo Santos, Henrique e o garoto de 19 anos, Carlos Augusto. E Cássio, no gol.
Time fraco.
Aguirre, para variar, insistiu na sua birra pessoal com Nenê. Deixou o melhor articulador do time fora da equipe. E apostou em um time acovardado, pronto apenas para contragolpear. Só que sem nenhum meia com talento para poder juntar o meio de campo com os atacantes.
Jean; Bruno Alves, Arboleda e Anderson Martins; Bruno Peres, Jucilei, Hudson e Liziero; Gonzalo Carneiro e Diego Souza. 3-5-2. Ou seja, o treinador uruguaio não teve coragem de colocar o São Paulo para atacar no clássico. A estratégia acovardada era um convite para a vibrante torcida corintiana carregar o time nas costas.
Aos poucos, o fraco Corinthians notou que o São Paulo estava atuando com medo. E foi se impondo, pressionando o rival no seu campo de defesa. A perspectiva era péssima ao time de Aguirre.
Foi quando Rodolpho Toski Marques entrou em ação. E deu sua ajuda fundamental ao São Paulo.
Primeiro, e mais vergonhoso, aos 34 minutos do primeiro tempo. Jadson cobrou falta para a área, Jadson desvia. E ela sobre para Danilo. O chute sai de perna direita, para o alto. Jean estava pessimamente colocado, dentro do gol. E espalma a bola depois dela ter passado inteira a linha. Gol claríssimo.
Além de Rodolpho Toski Marques havia o bandeira e o árbitro atrás do gol também agiram para sabotar a arbitragem. Estavam muito bem colocados, mesmo assim, não confirmaram o lance importantíssimo.
Um vexame para o futebol brasileiro.
Mas teria mais motivo de revolta.
Aí por inteira culpa de Rodolpho Toski Marques.
Bruno Alves derrubou de maneira clara Romero, aos 42 minutos.
O juiz não marcou o pênalti porque não quis.
Os jogadores corintianos estavam revoltados.
Jean estava mal colocado. Inteiro dentro do gol. A bola entrou inteira
Twitter/CorinthiansFoi quando o inexperiente garoto chileno Araos cometeu uma bobagem. Aos 48 minutos, no último lance do primeiro tempo, em uma dividida, ele deu um tapa na cara de Jucilei. Tomou o justo segundo amarelo e foi expulso.
A chance de ouro para o encolhido São Paulo.
Aguirre teria o adversário com um jogador a menos por todo o segundo tempo.
Mas o treinador uruguaio não conseguiu fazer seu time aproveitar a vantagem numérica.
A lição é até básica.
Ter dois jogadores abertos nas pontas.
E o meio de campo trocando passes, com a marcação pressão sobre o adversário.
Isso se o São Paulo tivesse o mínimo de coragem e organização.
Não teve.
Seguiu atrás.
Para surpresa de Jair que havia tirado o meia, improvisado como pivô, Danilo. E colocou no seu lugar, o volante Thiaguinho.
Aguirre parecia que faria sua obrigação ao colocar Everton no lugar de Anderson Martins. Teoricamente, a equipe passaria do 3-5-2 para um normal 4-4-2. Mas não foi o que aconteceu. O time seguiu atuando com suas linhas recuadas demais. Como um time pequeno. Mesmo com um jogador a mais.
O Corinthians percebeu a covardia do rival, mesmo com um a mais, e passou a pressionar o São Paulo.
Até o árbitro não pôde impedir o chute forte de Ralf de fora da área, gol do Corinthians, aos 26 minutos. 1 a 0.
O time de Jair Ventura seguiu melhor e poderia até ter ampliado o placar.
Mas o acaso entrou em campo.
E Nenê errou um chute ao gol de Cássio.
Mas a bola chegou limpa para Brenner empatar, aos 35 minutos.
O Corinthians seguiu tentando vencer, mas não conseguiu.
No final, empate injusto.
Resultado que deve ser creditado à arbitragem.
Rodolpho Toski Marques tem de ser punido.
Foi vergonhoso o que fez no Itaquerão.
O prejudicado Corinthians se superou.
E o São Paulo assumiu sua decadência.
A diretoria tem de repensar o futuro.
A permanência do perdido Aguirre em 2019.
Tudo depende do inseguro presidente Leco...
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