A angústia de Everton pelas três lesões musculares abala o elenco
São Paulo FCSão Paulo, Brasil
Completamente abatido.
E inseguro quanto a poder jogar na reta final do Brasileiro.
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Para não ficar mais um final de semana deprimido, assistindo o São Paulo jogar e ele sem poder ajudar, Diego Aguirre decidiu liberá-lo para ficar sábado e domingo no Rio de Janeiro.
Enquanto o time, desesperado pelos fracassos no segundo turno, enfrenta o Atlético Paranaense no Morumbi.
Everton teve três lesões graves no músculo adutor da perna esquerda.
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Os estiramentos foram desgastando o tecido muscular.
Criando fibroses, cicatrizes internas no músculo. Elas costumam ser muito doloridas. E imprevisíveis em relação ao tempo de recuperação. Varia para cada jogador.
O meia havia ficado duas partidas de fora por conta da fibrose, voltou contra o Palmeiras.
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Acabou com estiramento grave no adutor.
Os médicos do clube decidiram não fazer mais previsões precisas sobre o seu retorno.
Aguirre já deixou claro que, se for para correr risco de nova contusão, Everton seguirá fora.
No três anos que atuou no Flamengo, Everton teve sete contusões nas coxas.
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Três na coxa esquerda e quatro na direita.
No São Paulo já é a terceira vez que fica de fora por conta de lesão na coxa esquerda.
Todos no clube negam que o jogador de 29 anos tenha lesões crônicas na região.
A explicação é que, como um velocista, ele exige demais da região, nos piques seguidos nos treinos e nos jogos. E talvez por uma tendência genética, acabe mais exposto a lesões.
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A vertiginosa queda de rendimento do São Paulo no segundo turno do Brasileiro tem muito a ver com a ausência de Everton. Ele era o principal desafogo do time. Com dribles curtos, muita velocidade, ele conseguia acelerar o ritmo do time em campo. Fazia com que o rendimento de Nenê e Diego Souza fosse muito melhor.
Nas 21 partidas que fez no Brasileiro, ele fez cinco gols e deu seis assistências.
Desde abril, quando chegou ao Morumbi, Everton se tornou um dos jogadores mais populares e querido no elenco. Mas sua alegria sumiu com as contusões seguidas. Não tinha mais como disfarças a tensão, a frustração
Já não conseguia animar os companheiros.
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Ele é o único atleta titular no departamento médico.
A angústia no tratamento e nos treinos sozinho são evidentes.
A tristeza de Everton por não jogar, transparente.
As conversas com a psicóloga Anahy Couto não são suficientes para animar o atleta.
Muito pelo contrário.
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Por isso, Aguirre o dispensou para ir ao Rio de Janeiro.
Recuperar a alegria, a confiança, com seus parentes.
Mas a verdade é que há muita dúvida no clube.
Se ele terminará o ano jogando.
Foram dois duros golpes quando voltou a sentir as lesões musculares.
Aguirre precisa do jogador.
Para a quase impossível disputa do título.
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Mas pelo menos para garantir uma vaga na Libertadores.
O time é o quarto.
A liderança no primeiro turno faz parte do passado.
Está há 40 dias sem vitórias.
Empatou com o Santos, América Mineiro, Botafogo e perdeu para o Palmeiras e Internacional.
E há uma estreita relação entre a ausência do meia e a queda do time.
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Mas o técnico não quer arriscar ver Everton sofrer uma quarta contusão, por antecipar sua volta.
Ele foi o jogador que o treinador mais elogiou, entre os contratados. Assumiu que foi um sonho antigo trabalhar com ele. O clube pagou R$ 16 milhões ao Flamengo. O uruguaio apostava que iria acabar com o maior pecado que encontrou no São Paulo, a apatia do time.
"Todos que gostamos de futebol gostamos de um jogador de classe, desse nível. Tenho certeza que não há um que não goste de como o Everton joga. Temos um reforço espetacular e seguramente ele vai dar muita alegria ao São Paulo. Se ele vier, estamos esperando ele com os braços abertos, porque vai jogar muito", disse, empolgado, em abril.
E tudo aconteceu como previa.
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A fase do time era excelente.
Até que vieram as contusões.
A situação segue muito delicada.
Sem previsão.
Mas com uma certeza.
Uma depressão deixaria tudo muito pior...
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