Líderes do Canadá, Reino Unido e Nova Zelândia condenaram fala de Trump
Fotos REUTERS e EFE/Montagem R7O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou nesta segunda-feira (15) os comentários feitos pelo presidente americano, Donald Trump — que disse a um grupo de congressistas democratas que nasceram nos Estados Unidos para "voltar e ajudar a consertar os lugares totalmente quebrados e infestados de crime de onde vieram". A declaração foi condenada pelos democratas como racista.
"Penso que os canadenses e, na verdade, pessoas do mundo todo, sabem exatamente o que penso desses comentários. Essa não é a forma como fazemos as coisas no Canadá. Um canadense é um canadense e é um canadense — e continuaremos a defender isso", apontou Trudeau em uma conferência com Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, em Ottawa. As informações são do jornal canadense The Globe and Mail.
A primeira-ministra britânica Theresa May também condenou as afirmações de Trump por meio de um porta-voz, classificando os comentários do presidente como "completamente inaceitáveis".
Jacinda Ardern, premiê da Nova Zelândia, reforçou o coro: "Geralmente, não me intrometo na política dos outros, mas dessa vez vai ficar claro para muitas pessoas que eu discordo completamente dele", resumiu.
"Eu me orgulho de que, na Nova Zelândia, entendemos o oposto. Entendemos que nosso Parlamento deve ser um lugar representativo, que deve se parecer com a Nova Zelândia, com uma diversidade de culturas e etnias, sem julgamento sobre a origem de ninguém", completou.
Em uma série de posts publicados no Twitter neste domingo (15), Donald Trump escreveu que "é tão interessante ver parlamentares democratas 'progressistas', que vieram originalmente de países cujos governos são uma catástrofe total e completa ... dizendo cruelmente ao povo dos Estados Unidos ... como o nosso governo deve ser administrado".
Embora não tenha mencionado nomes, Trump parecia estar se referindo a Alexandria Ocasio-Cortez de Nova York, Ilhan Omar de Minnesota, Ayanna Pressley de Massachusetts e Rashida Tlaib de Michigan - um grupo conhecido como "o esquadrão", que tem sido muito crítico de Trump e também da atual liderança democrata da Câmara.