Aeroportos vazios nos EUA
Tannen Maury / EPA - EFE- 19.03.2020A pandemia do coronavírus está acelerando e os Estados Unidos estão se convertendo no foco central, diante da rapidez dos contágios que são registrados no país, em ritmo quase tão rápido ao da Europa, segundo indicou nesta terça-feira (24) a OMS (Organização Mundial de Saúde).
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"Estamos vendo uma grande celeridade na propagação de casos nos Estados Unidos", afirmou a médica e porta-voz do órgão, Margaret Harris, em entrevista coletiva.
"O maior impulsionador segue sendo a Europa, mas também os Estados Unidos, em um conjunto que representa 85% dos casos globais nas últimas 24 horas. E destes 85%, cerca de 40% ocorreram nos EUA", completou a especialista.
De acordo com o mais recente balanço divulgado pela OMS, quase 335 mil pessoas foram infectadas e 14.652 morreram. A representante, no entanto, lamentou que os números aumentarão "consideravelmente", já nas próximas horas, em nova atualização.
Harris lembrou que a última epidemia do planeta havia sido a do ebola, na África Ocidental. Durante dois anos, foram registradas 11 mil mortes pela doença considerada altamente infecciosa e contagiosa.
Hoje, a médica destacou que o coronavírus só circula faz três meses, depois de ter surgido em Wuhan, na China.
Os especialistas da OMS apontam que, a partir da observação da curva de contágios e mortes, é possível dizer que aumentarão os números diariamente em diversos países do planeta.
"Serão mais numerosos até que os governos tomem medidas realmente fortes, e que elas dêem frutos", avaliou Harris.
Sobre a situação da Itália, que pelo segundo dia apresentou uma ligeira redução no número de mortes, a porta-voz da OMS admitiu ser cedo para afirmar que exista, de fato, uma retrocesso no avanço do coronavírus, mas admitiu ser uma sinal esperançoso.
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Para a especialista, é necessário de três a cinco dias a mais de queda, para que seja possível uma análise mais precisa sobre a situação no país, onde mais de 63 mil pessoas foram infectadas e 6.007 morreram até o momento.