Talude norte da mina está em processo de ruptura
Marcio Neves/R7Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (24), o tenente coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais, afirmou que no atual momento a barragem de rejeitos da Vale na mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, não está em risco direto.
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Segundo ele, um talude — parede de terra em torno de um local escavado — da mina desabilitada de Congo Soco corre risco de desabar. Mas, por precaução, como este desabamento pode causar instabilidade ou rompimento na barragem de rejeitos, a Defesa Civil e a Vale decidiram acionar todos os protocolos de segurança.
“O que está em risco é o talude, nã a barragem. Se o talude se romper, não existe nenhum estudo técnico que a barragem venha a romper com a queda do talude, mas é uma possibilidade que nós, da Defesa Civil, trabalhamos, pois é a pior possibilidade neste cenário”, afirmou Godinho.
Desde 8 de fevereiro, a barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco está em alerta máximo para o risco de rompimento.
Nesta quinta-feira (23), o risco aumentou ainda mais, pois, segundo a empresa, nas últimas semanas, desde que a Vale identificou uma movimentação de taludes na área da mina de Congo Soco, a preocupação com a barragem aumentou.
Segundo a empresa, caso um desses taludes desmorone, existe risco que o impacto provoque uma desestabilização na barragem Sul Superior e cause seu rompimento.
De lá para cá, a empresa removeu moradores de áreas diretamente afetadas por um eventual rompimento, e intensificou simulações de evacuação em áreas da cidade onde existe um tempo maior para serem atingidas.