Dólar variou entre R$ 3,11 e R$ 3,15 na sessão desta segunda-feira
REUTERS/Rick Wilking/File PhotoO dólar fechou com baixa de mais de 1% nesta segunda-feira (24), voltando ao patamar de R$ 3,12, o menor em mais de um ano, com fortes expectativas de entrada de recursos externos.
O dólar recuou 1,26%, a R$ 3,1207 na venda, menor nível desde 2 de julho de 2015, quando fechou a R$ 3,0960. O dólar futuro cedia cerca de 0,9% nesta tarde.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana bateu em R$ 3,1169 — menor valor intradia desde 10 de agosto passado (R$ 3,1132) — e, na máxima, atingiu R$ 3,1518.
"O ritmo da baixa [do dólar] surpreendeu", comentou um operador de uma corretora paulista.
A moeda norte-americana caiu basicamente com ingresso de fluxo de recursos, tanto sob a expectativa da regularização de dinheiro brasileiro alocado no exterior como também de estrangeiros que estão atraídos pelo Brasil. O prazo para regularização termina no próximo dia 31 de outubro.
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A expectativa, segundo especialistas, é de que o dólar mantenha essa tendência de queda, pelo menos no curtíssimo prazo. Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostrou nesta manhã que a previsão para o dólar no final deste ano cedeu para R$ 3,20, de R$ 3,25 na semana anterior.
"Embora não faça preço diretamente, a Focus dá um sinal para aqueles que viam um dólar mais pressionado", comentou o analista de câmbio corretora Gradual Investimentos Marcos Jamelli.
No exterior, o dólar caía ante algumas divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.
Os investidores também ficaram de olho no Congresso Nacional, onde na terça-feira a Câmara dos Deputados deve votar em segundo turno a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita o crescimento dos gastos públicos. A expectativa de sucesso com boa margem de votos também favoreceu o recuo da moeda norte-americana ante o real nesta sessão.
"Com a votação da PEC do teto dos gastos amanhã, dependendo do que acontecer, o dólar pode ir até R$ 3 até o final do ano", acrescentou Jamelli.
Nas mesas de operações, nesta tarde existiram outras apostas que também iam na direção de que o dólar vai renovar as mínimas do ano em breve, podendo se aproximar dos R$ 3.
Da mesma forma, os especialistas repetiram que não descartam o Banco Central ampliar a oferta de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de moeda. O objetivo seria reduzir o estoque, hoje de cerca de US$ 30 bilhões, de swaps tradicionais, que equivale à venda futura de dólares, e impedir uma queda ainda maior da moeda norte-americana.
Por enquanto, o BC continua ofertando 5.000 contratos. Nesta manhã, o lote de swap cambial reverso foi vendido integralmente.
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