Tragédia com fogo já é uma das maiores do país em décadas
Rafael Marchante/ReutersUm incêncio florestal de grandes proporções matou 61 pessoas e deixou 59 feridos em Pedrógão, região central de Portugal, neste sábado (17).
Inicialmente, as autortidades portuguesas disseram que eram 62 vítimas fatais, mas o número foi revisto. O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse que houve um caso de registro duplicado, mas, segundo ele, "é provável que volte a subir".
De acordo com agências internacionais, parte das vítimas passava de carro na estrada que liga Figueiró dos Vinhos a Castanheira de Pêra quando foi surpreendida pelo fogo.
Os veículos foram atingidos pelas chamas e os ocupantes morreram carbonizadas. A tragédia com fogo já é uma das maiores do país em décadas.
Segundo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, além das vítimas carbonizadas, há pessoas que morreram após inalar a forte fumaça do incêndio.
Parte das vítimas da tragédia passava de carro na estrada que liga Figueiró dos Vinhos a Castanheira de Pêra
ReutersEm seu primeiro pronunciamento, ainda no sábado, Gomes havia divulgado o número total de 19 mortos até aquele momento:
— Temos a confirmação de 19 mortos, todos civis. Três faleceram por inalação de fumaça e 16 calcinados em seus carros quando foram cercados pelas chamas na estrada entre Figueiro dos Vinhos e Castanheira de Pêra.
O número atualizado de mortos foi aumentando no decorrer da madrugada deste domingo (18): pelo menos 61 pessoas morreram no incêndio. Entre os 59 feridos estão bombeiros que participavam do combate às chamas. Dois bombeiros são considerados desaparecidos até o momento.
O incêndio atingiu uma área montanhosa, a 200 km a sudeste de Lisboa, em meio a uma intensa onda de calor e ventos fortes.