Empresa pretende voltar a operar em 2020
Divulgação / SamarcoMembros do Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental) adiaram para o dia 25 de outubro a análise de uma autorização para que a mineradora Samarco retome suas atividades em Minas Gerais.
A empresa está paralisada desde novembro de 2015, quando a barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu, deixando 19 mortos e lançando 50 milhões de metros cúbicos de lama no meio ambiente.
O grupo se reuniu, nesta sexta-feira (11), para analisar o pedido de Licença de Operação Corretiva feito pela companhia, que é um dos documentos necessários para que ele consiga voltar a operar. Durante a reunião, cinco dos 11 conselheiros pediram vistas ao processo, ou seja, pediram mais tempo para analisar o caso.
De acordo com o Copam, os membros do conselho têm até o próximo dia 21 para apresentar um relatório sobre a questão. Depois disso, eles voltam a se encontrar para tomarem uma decisão, na reunião da CMI (Câmara de Atividades Minerárias), que acontece no final do mês.
Caso a autorização seja liberada pelo Conselho, a expectativa da direção da Samarco é que a companhia volte a operar a partir do segundo semestre de 2020.
Procurada, a mineradora informou que trabalha para que as atividades sejam retomadas de forma “gradual”. Segundo a companhia, agora será usado um método de depósito de rejeito a seco, dispensando o uso de barragens de contenção, como a rompida em Mariana e a de Brumadinho.
Veja a íntegra da nota da Samarco:
"A Samarco informa que o processo de Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano, em Mariana, foi apreciado na reunião de hoje (11) da Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). A empresa aguarda a realização da próxima reunião da CMI quando o processo será analisado. O processo de licenciamento segue todos os ritos previstos na legislação.
A empresa trabalha para retomar suas operações, de forma gradual, sem barragem de contenção de rejeitos e após a implantação de um sistema de disposição e tratamento de rejeitos, que inclui a Cava Alegria Sul e a filtragem para o empilhamento a seco. Os recursos financeiros necessários para a planta de filtragem estão sujeitos à aprovação dos acionistas".
* Estagiário da Record TV Minas, sob supervisão de Pablo Nascimento