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Vida de rico não é fácil como muitos podem pensar. Que o diga o empresário Eike Batista, cuja petrolífera OGX pode, em breve, ir à falência caso não saia do buraco em que mergulhou. Nesse caso, ela se unirá aos casos clássicos de empresas do País que viram o barco afundar, como Mappin, Vasp e Bamerindus. Nas imagens a seguir, o R7 mostra as gigantes brasileiras que quebraram por má gestão
Wilson Melo/Clayton de Souza/Julio Vilela/Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Montagem/R7
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Mappin: uma das pioneiras do comércio varejista, a rede de origem inglesa trazida ao Brasil em 1913 inovou ao etiquetar os produtos nas vitrines e, apesar de ter fechado as portas em 1999 — novamente sob o comando do empresário Ricardo Mansur —, continua lembrada por quem passa pelo centro de São Paulo e, diante do relógio analógico de seu antigo edifício na praça Ramos, resgata as lembranças de sua época áurea
Wilson Melo/Estadão Conteúdo
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Casas da Banha: os mais novos talvez desconheçam essa rede de supermercados que, fundada em 1955 no Rio de Janeiro, emplacou jingles de sucesso na TV e tinha mais de 200 lojas espalhadas pelo País nos anos 80. A decadência teria início no fim dessa década, quando a empresa não resistiu aos planos econômicos do governo e, afundada em dívidas e processos trabalhistas, esvaziou as gôndolas e fechou os caixas em 1999
Reprodução/Youtube/Montagem/R7
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Mesbla: de roupas a materiais de construção, dava pra comprar (quase) tudo na rede varejista surgida no Brasil em 1912, ainda como filial de uma firma francesa de máquinas. O reinado de décadas no setor começou a ruir com a maior concorrência e estratégias equivocadas a partir dos anos 80. Nem a compra da rede pelo empresário Ricardo Mansur, em 1997, salvou a empresa da falência dois anos depois
Reprodução/Facebook
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Gurgel: o sonho de um carro 100% nacional foi o combustível usado pelo engenheiro João Amaral Gurgel para criar, em 1969, a fábrica de automóveis que levava o seu nome. Com cerca de 40 mil unidades vendidas, a Gurgel fabricou o primeiro modelo elétrico do País (Itaipu, em 1981) e foi perdendo espaço a partir dos anos 90, quando a isenção do IPI sobre carros com motor até 1.0 favoreceu as montadoras estrangeiras, que baixaram os preços e levou a Gurgel à falência, em 1996, com um rastro de R$ 280 milhões em dívidas
Roberto de Biasi/Estadão Conteúdo
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G. Aronson: ao lado da dupla Mesbla e Mappin, a tradicional loja de eletroeletrônicos também fechou as suas portas em 1999, 55 anos após o negócio ter início com a venda de casacos de pele. Controlada pelo empresário Girz Aronson, russo de origem judaica apelidado de “rei do varejo” e morto em 2008, a G. Aronson chegou a faturar R$ 250 milhões ao ano antes de falir, com R$ 65 milhões em dívidas
Julio Vilela/Vidal Cavalcante/L.C.Leite/Estadão Conteúdo/Montagem/R7
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Bamerindus: se você tem mais de 20 anos, certamente já ouviu o comercial “o tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa...” Bem, a realidade não foi tão generosa quanto a ficção. Uma das maiores instituições financeiras do Brasil nos anos 70 e 90, o Bamerindus entrou em decadência a partir dos anos 90 e, mesmo com a ajuda do governo federal, “quebrou” em 1997 e foi assumido pelo HSBC, que desembarcava no País
Werinton Kermes/Estadão Conteúdo
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Vasp: inaugurada em 1933, a Viação Aérea São Paulo teve sua trajetória marcada por pioneirismo e muitas dificuldades financeiras. Com uma frota reduzida e obsoleta, salários atrasados, voos cancelados e uma concorrência crescente, a companhia interrompeu as operações em 2005 e teve a falência decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 2008, com dívida estimada em R$ 5 bilhões
Clayton de Souza/Estadão Conteúdo
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Arapuã: antes da falência, em 1998, a rede varejista de eletrodomésticos era uma das maiores do setor no País, com 265 lojas, mais de 2.000 funcionários e faturamento anual de R$ 1,6 bilhão. Depois disso, ficou mais de uma década em concordata e, sobrevivendo graças a recursos na Justiça, abriu em 2008 uma rede de lojas de roupas populares
Reprodução/Facebook/Montagem/R7
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Sandiz: loja de departamentos famosa por seus comerciais natalinos fazia parte do Grupo Pão de Açúcar até 1987, quando foi vendida a um grupo holandês por causa do baixo faturamento dentro do grupo e a falta de possibilidades de expansão do negócio
Reprodução/www.usp.br
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OGX: a situação está literalmente preta na petroleira de Eike Batista. Só neste mês, a empresa teve várias baixas, as ações reduzidas para constrangedores R$ 0,10 o papel (vinte delas mal pagam uma coxinha!) e viu seu principal nome reduzir as ações no grupo. Com tantas dificuldades, o governo anunciou que vai analisar a viabilidade do último campo produtor da empresa, o que acendeu o sinal de alerta para um possível fim. É, o mundo dá voltas!
Reprodução/www.ogx.com.br