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Dentre as potenciais vacinas contra a covid-19 desenvolvidas ao redor do mundo, 47 já estão sendo testadas em humanos e mais de 20 já estão na terceira e última etapa antes de uma possível aprovação por órgãos reguladores - o que representa um passo decisivo rumo à distribuição para a população -, de acordo com a última atualização feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 3 de novembro. Quatro desses imunizantes mais avançados passam por estudos no Brasil. Saiba mais sobre cada um deles
Governo do Estado de São Paulo - 18.06.2020
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Vacina de Oxford: considerada pela OMS a mais adiantada no mundo em termos de desenvolvimento, a vacina desenvolvida em parceria pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca também passa por testes no Reino Unido, Estados Unidos e África do Sul. No Brasil, são 5 mil voluntários. O imunizante tem se mostrado seguro e gerou uma resposta imune forte até mesmo em idosos. segundo o jornal Financial Times. A previsão é que ele seja disponibilizado no SUS (Sistema Único de Saúde) em março de 2021. Inicialmente, serão fornecidas 30 milhões de doses, e grupos mais vulneráveis, como idosos e profissionais de saúde, devem ser priorizados, de acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que fará a produção no país. A vacina é baseada na tecnologia de vetor viral não replicante, no caso, um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés e foi geneticamente modificado com partes do novo acoplaram ao adenovírus partes do coronavírus, a fim de ativar o sistema de defesa do organismo
Sean Elias / Divulgação via Reuters - 18.4.2020
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Coronavac: a vacina foi desenvolvida a partir de uma parceria entre a empresa chinesa Sinovac Biotech e o Instituto Butantan, em São Paulo. As primeiras 120 mil doses chegam dia 20 de novembro ao país, informou o governador de SP, João Doria, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (09). Na mesma ocasião, o secretário estadual de Saúde disse que dados já disponíveis sobre a vacina apontaram que ela é segura e produziu anticorpos contra o coronavírus em quase 98% dos voluntários que a receberam. No entanto, a própria Sinovac admite que a resposta imunológica foi ligeiramente mais fraca em idosos do que em adultos mais jovens. Sua eficácia contra a doença. Além do Brasil e da China, Indonésia e Turquia também participam dos estudos de fase 3. Seis Estados brasileiros estão fazendo testes em 13 mil voluntários - todos profissionais de saúde. Dentre eles, 10 mil já receberam ao menos uma das duas doses da vacina ou placebo, segundo o Butantan. O imunizante é inativado, ou seja, utiliza uma versão morta do novo coronavírus partir de processos físicos e químicos. Assim, não é possível que exista replicação viral. Essa tecnologia é tradicional, usada nos imunizantes contra a gripe e hepatite A, por exemplo
Wu Hong/EFE/EPA - 24.09.2020
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Vacina da Pifzer com a BioNTech: a empresa americana afirmou, nesta segunda-feira (9), que seu potencial imunizante contra a covid-19 mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença com base em dados iniciais de um estudo amplo. Além do Brasil e Estados Unidos, Argentina e Alemanha também participam da última fase de ensaios clínicos. Após a divulgação de informações sobre a eficácia do imunizante, o Ministério da Saúde afirmou que analisa a possibilidade de comprá-lo, assim como faz com as outras vacinas que estão em estágio avançado de estudos. A tecnologia utilizada para fabricação foi a de RNA mensageiro (mRNA), que torna o processo mais rápido e fácil, mas nunca foi usada em humanos
Dado Ruvic/Illustration/Reuters - 31.10.2020
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Vacina da Jonhson & Jonhson: uma dose única do imunizante induziu uma forte resposta de anticorpos e foi bem tolerada nas fases 1 e 2, de acordo com nota divulgada pela empresa há uma semana. A reação imune foi parecida em pessoas de todas as faixas etárias estudadas, inclusive os mais velhos. Já a fase 3 incluirá até 60 mil voluntários - 7 mil são brasileiros. Além do Brasil, participam dessa etapa Argentina, Chile, Colômbia, Peru, México, África do Sul e Estados Unidos. A tecnologia usada também é a de vetor viral não replicante, com base em um adenovírus geneticamente modificado que serve para codificar a proteína spike (S), essencial para a entrada do coronavírus nas células. Os testes chegaram a ser suspensos em 12 de outubro por causa de uma reação adversa grave em um voluntário nos Estados Unidos, mas foram retomados dias depois, com autorização da Anvisa
Dado Ruvic/Reuters - 31.10.20