Condenado mentia ser gerente de grandes bancos
Agência BrasilUm supervisor de vendas que chegou a se relacionar, ao mesmo tempo, com 20 mulheres, em Belo Horizonte, foi condenado a 31 anos e 11 meses de prisão em regime fechado. Conforme sentença do juiz Luís Augusto Barreto Fonseca, da 8ª Vara Criminal, Sérgio Cardoso Rocha, de 56 anos, conhecido como "Tigrão", cometeu os crimes de extorsão, estelionato e furto qualificado contra oito vítimas.
Ele se aproximava das mulheres, sobretudo, por meio de anúncios em jornais. Mentia ser gerente de grandes bancos nacionais e prometia relacionamento estável. Após conquistar a confiança das vítimas, as extorquia e as ameaçava. Uma delas foi pressionada a lhe ceder uma grande quantia sob a ameaça de que o filho, dependente de drogas, seria denunciado à polícia.
De acordo com o processo, Tigrão ameaçou matar a neta de uma das namoradas. A mulher, desesperada, entregava parte da pensão mensal a Rocha. Ela ainda contraiu um empréstimo bancário, no valor de R$ 7.500, por ordem do condenado. Ao todo, o prejuízo da vítima foi em torno de R$ 30 mil.
O terreno de Rocha começou a desmoronar quando ele conheceu uma doméstica. Tentou aplicar um golpe contra a filha dela. Telefonou para a jovem e prometeu uma vaga de emprego em troca de um depósito em dinheiro. A moça fez o combinado, mas, como não recebeu contato da empresa para lhe informar quando começaria no trabalho, decidiu ir pessoalmente à agência.
No banco, descobriu que havia caído num golpe e procurou uma delegacia. Á medida que os investigadores descobriam os crimes de Rocha, novas vítimas foram aparecendo. Na sentença, o magistrado considerou o réu “profissional no golpe”.
O juiz destacou ainda que Rocha se aproximava das vítimas com a intenção de “retirar das mesmas tudo que fosse possível”. Rocha, que já está preso, não poderá recorrer da sentença em liberdade.