Centrais sindicais protestam contra reformas trabalhista e previdenciária
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDOComeçou, perto do meio dia a marcha de sindicalistas em direção ao Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes em Brasília. De acordo com a Polícia Militar do DF, são cerca de 25 mil manifestantes nesse momento.
CUT, Força Sindical e outros sindicatos de várias partes do Brasil organizam nesta quarta-feira (24) a Marcha das Centrais Sindicais a Brasília. Eles estimam que conseguirão reunir na Esplanada dos Ministérios 50 mil manifestantes, e não mais 100 mil, como inicialmente previsto, para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária. Cerca de 500 ônibus chegaram a capital federal para o protesto.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, defendeu durante a concentração na manhã desta quarta, eleições diretas para a Presidência da República ainda este ano.
— Para nós, 'Fora, Temer' virou passado. Não adianta sair Temer e entrar Meirelles, Carmem Lúcia ou Rodrigo Maia. O que interessa são Diretas Já, afirmou a jornalistas.
Por outro lado, o deputado Paulinho da Força afirmou que "está todo mundo esperando o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)" para saber se eleições diretas seriam viáveis. Paulinho acha que a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição prevendo eleições diretas é "muito difícil" e "impeachment inviável".
— Sou especialista em impeachment, são oito ou nove meses duração. Não dá para imaginar que terá impeachment (de Temer). Independente se governo saia ou fique, governo tem que levar em conta o povo.
CUT, Força Sindical e outros sindicatos de várias partes do Brasil organizam nesta quarta-feira a Marcha das Centrais Sindicais a
A renúncia do presidente Michel Temer, depois da delação da JBS, também deve ser uma das bandeiras do movimento.
A previsão era que a Marcha começasse às 11 horas. Os atos em frente ao Congresso devem se intensificar somente perto das 16 horas, segundo os organizadores.
Praça dos Três Poderes
O sistema de segurança da capital federal, formado pelas Forças Armadas e pelas polícias, mantém, até agora, a decisão de permitir que a manifestação desta quarta-feira, contra o presidente Michel Temer, ocupe a Praça dos Três Poderes, área que, no processo de impeachment de Dilma Rousseff, no ano passado, ficou fechada nos dias mais críticos dos protestos.
O público poderá ficar a cerca de 50 metros do Palácio do Planalto separado por uma pista e dois lances de grades da praça. Por volta das 11h30, cerca de 200 homens do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) estavam próximos da rampa e do espelho d'água do Palácio, munidos de escudos e cães adestrados. Um grupo de 50 seguranças da Presidência também está na guarita de entrada. Por enquanto, os batalhões da Polícia Militar do Distrito Federal se posicionam nos gramados em volta dos prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, também localizados na praça.