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Muitas personalidades negras aproveitam a posição de destaque na imprensa e no mundo para colaborar na conscientização do problema do racismo. Os relatos mostram a realidade de quem sofre o racismo no cotidiano, independentemente da posição social. Mas, eles não descansam e dão voz para aqueles que sofrem a violência diária da discriminação racial e pedem um mundo mais igualitário. No Dia da Consciência Negra, conheça personalidades que não se calam frente essa injustiça
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Barack Obama foi o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, uma das maiores potências do mundo. Quando assumiu, Obama discursou dizendo que pretendia unificar o país, que sempre sofreu com a questão do racismo. "Não há nenhum homem negro da minha idade que não tenha saído de um restaurante e está à espera de seu carro e alguém entrega as suas chaves do carro", disse Obama. "O que me dá esperança é que muitos jovens estão se levantando e se unindo", comemorou o ex-presidente ao citar os recentes protestos nos EUA
REUTERS/Fabrizio Bensch/01.08.2019
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A primeira-dama Michelle Obama também foi vítima de racismo em uma loja, quando um cliente a confundiu com uma atendente. "Porque ela não me viu como a primeira-dama, ela me viu como alguém que poderia ajudá-la. Esses tipos de coisas acontecem na vida. Portanto, não é nada novo", disse ela. Michelle chegou a sofrer um ataque racista por um apresentador de TV, que acabou demitido, e depois, se desculpou. “Se queremos chegar a algum lugar juntos, devemos estar dispostos a dizer quem somos. Eu sou a ex-primeira-dama dos Estados Unidos e também sou descendente de escravos. É importante ter presente essa verdade”, destacou
Athit Perawongmetha/Reuters
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O parlamentar de longa data dos Estados Unidos e pioneiro dos direitos civis John Lewis era um feroz defensor dos protestos não-violentos e foi inspirado pelo gigante dos direitos civis Martin Luther King Jr. Democrata de Atlanta presente no Congresso desde 1987, Lewis sofreu vários espancamentos e prisões durante uma vida de luta contra a segregação e em defesa da justiça racial. Ele morreu de câncer no pâncreas no dia 17 de julho deste ano, aos 80 anos
Reprodução Facebook John Lewis
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O cineasta norte-americano Spike Lee possui uma série de filmes que abordam e criticam a situação dos negros nos EUA. Durante a onda de protestos após a morte de George Floyd ele afirmou que sentiu esperança ao ver as pessoas que foram às ruas protestar, já que não eram apenas cidadãos negros, mas também brancos, latinos, asiáticos e imigrantes. Em sua carreira recebeu diversos prêmios, como o Oscar pelo roteiro de sua produção "Infiltrado na Klan", além de ser o primeiro cineasta negro a presidir o júri de Cannes
Danny Moloshok/Reuters - 24.2.2019
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Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana premiada por seus livros, que se situam em sua terra natal. A romancista ficou conhecida após uma palestra do TED chamada "o perigo de uma história única", visualizadas milhões de vezes. Sua ironia fina cativou a cantora Beyoncé, que chegou a usar trechos de uma segunda palestra sobre o feminismo e discriminação sexual em suas letras. Autora de seis livros, ela defende a mulher negra como protagonista das mudanças no mundo. “Acho que qualquer coisa que faça o país começar a confrontar seu racismo é muito importante”, afirma a escritora
Reprodução/Instagram
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O jogador de basquete LeBron James sempre foi um dos mais ativos na luta antirracista. Um dos grandes astros da NBA, se posicionou diversas vezes sobre o tema, em uma delas usou uma camisa em que estava escrito a frase “I can`t breathe“ (eu não consigo respirar). A frase foi repetida inúmeras vezes por George Floyd antes de ser morto em Minneapolis. LeBron James também se juntou a outros atletas negros e artistas na campanha "Mais que um voto", uma iniciativa de arrecadação de fundos para ajudar ex-presidiários da Flórida a pagar suas multas judiciais, uma nova exigência para que eles possam se registrar e votar na eleição presidencial de novembro.
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O único piloto negro da Fórmula 1, Lewis Hamilton já falou sobre o racismo em diversas ocasiões. Na mais recente, durante os protestos do Black Lives Matter, durante o GP da Hungria, ele se ajoelhou antes da prova começar. Hamilton assegurou que vai continuar sua luta em busca de um mundo mais diversificado e inclusivo. Mesmo com a ameaça de represálias, ele não se intimidou e reafirmou sua postura antirracista, tornando-se referência do movimento. "Vamos fazer com que a oportunidade não dependa de onde você veio ou da cor da pele", disse o piloto britânico
Tolga Bozoglu/EFE/15-11-20
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A filósofa norte-americana Angela Davis ex-integrante do grupo Panteras Negras ganhou notoriedade pela luta contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos. Em sua carreira ativista e política escreveu diversos livros, entre eles alguns com críticas ao sistema carcerário. Para ela, não basta não ser racista, mas é necessário ser antirracista.
EFE/Quique García
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O ator de Star Wars, John Boyega, participou dos protestos contra racismo e violência policial em Londres. Em uma das manifestações, o artista disse à multidão que ele arriscaria a própria carreira para estar lutando pela causa antirracista
FACUNDO ARRIZABALAGA/EFE/EPA - 3.6.2020
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O ator Chadwick Boseman foi o protagonista do filme Pantera Negra, da Marvel. O filme foi um marco no cinema e entre os filmes de super-heróis por ter um elenco majoritariamente e com figurinos que respeitassem e representassem a cultura africana. Boseman morreu de câncer em setembro
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