Ícone da fotografia dos EUA, Robert Frank morreu aos 94 anos
EFE/Alberto MartínRobert Frank, um dos principais fotógrafos dos Estados Unidos na segunda metade do século XX, morreu na segunda-feira, aos 94 anos, em sua casa na província de Nova Escócia, no Canadá, informou hoje o jornal "The New York Times".
Sua morte foi confirmada por Peter MacGill, da Galeria MacGill Gallery, de Manhattan, que não deu detalhes sobre a causa do falecimento.
Nascido na Suíça em 1924, Frank fez a maior parte de seu trabalho fotográfico nos EUA, e passou os últimos de sua vida no nordeste do Canadá.
Sua obra mais conhecida é "The Americans" (publicada em 1959), uma representação em preto e branco da sociedade americana do pós-guerra.
Frank fez mais de 27 mil retratos, dos quais apenas 83 foram selecionados para um mítico livro que foi acompanhado por um prólogo do escritor ícone da "Geração Beat", Jack Kerouac.
Sua primeira exposição individual aconteceu no Art Institute de Chicago, em 1961.
Posteriormente, enquanto continuava com a fotografia, ele também dirigiu um bom número de filmes, entre os quais o controverso documentário "Cocksucker Blues" sobre uma turnê dos Rolling Stones em 1972, com imagens explícitas de consumo de drogas e sexo em grupo, provocando sua proibição.
Também realizou filmes experimentais como "Conversations in Vermont" (1969) e "Life Dances On..." (1980).
Em 1996, recebeu o Prêmio Internacional da Fundação Hasselblad, um dos mais prestigiados do mundo da fotografia.
Sua última retrospectiva "Looking In: Robert Frank's The Americans" foi lançada na Galeria Nacional de Washington, em 2009.