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A entrevista exclusiva com Suzane von Richthofen na estreia do programa do Gugu chocou o Brasil. Será que era Suzane ou uma personagem? O que de fato as câmeras captaram? Seu olhar fixo, suas expressões e até sorrisos mostraram uma Suzane à vontade. Após toda a repercussão, o programa Gugu foi atrás do especialista Jacob Pinheiro Goldberg para analisar a imagem da jovem
Reprodução/Rede Record
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As confissões inéditas de Suzane. "Acho que é difícil resumir só um momento. Não tenho como colocar em uma situação tudo o que já passei, mas foram maus momentos. Tive momentos difíceis em várias situações, a rebelião não foi fácil. O momento do júri foi um momento difícil. O momento da saudade, tristeza de estar presa", disse Suzane a Gugu
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"Em determinados instantes, o olhar da Suzane dá a impressão que atravessa o indivíduo. Atravessa o Gugu. Não repousa. É um olhar, na minha opinião, de ângulo estreito de defesa. É interessante porque em determinados momentos, ela passa nos passa doçura, e, claro, nos surpreende profundamente. Como é possível transmitir um olhar com essa doçura alguém que viveu um crime dessa magnitude?", destacou Jacob Goldberg
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Na disputa pela herança, a presidiária garantiu que não faz ideia do dinheiro deixado por seus pais
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Para o especialista, Suzane transparece que o dinheiro foi o motivo dos problemas na vida dela
— A sensação e impressão é que o dinheiro fez parte de todo esse processo de crime. O dinheiro deve ter sido a rota maldita ou uma das rotas que levou a essa tragédia e desgraça. É como ela se despojando e se despindo do dinheiro desse tema se aliviasse. Mostrasse desinteresseReprodução/Rede Record
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Jacob também analisou a seguinte declaração de Suzane sobre o irmão: "Eu sei que o meu irmão sofreu pra caramba. A única coisa que eu sei é que ele dá aula em uma universidade. Se aqui dentro eu sofri, imagina ele lá fora. Quando o nome é reconhecido. Eu sei que causei muito mal e queria que ele pudesse me perdoar e estar presente. Eu quero uma reaproximação, reconciliação. É um sonho estar de novo com meu irmão. Ele faz falta, sinto saudades. Mas eu não sei como ele é hoje, nem fisicamente. Quando o vi, era um adolescente, ele tinha 15 anos e hoje tem 27. Ele já é um homem"
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E concluiu que ela fala dele como se tivesse em outro mundo
— A leitura que faria das expressões que ela faz quando se refere ao irmão dela. É como se fosse um irmão que eu tive quando o mundo acabou. Num outro universo. Existe um repasse de tristeza e resignação profunda. Acabou. Irmão? Me deu a impressão da conversa com o Gugu que ela perguntasse se teve um irmão. Me deu a impressão dessa necessidade de um perdão de um carinho é mais uma demanda social ou cultura.Reprodução/Rede Record
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O namoro com Daniel não era aprovado pelos pais da jovem
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— Quando ela fala do namoro com o Daniel, é um dos momentos mais marcantes. A gente tem a sensação que ela fala de uma terceira pessoa. A impressão que me deu o tempo inteiro é que ela iria perguntar quem era Daniel. É aquela pessoa que olha um álbum de fotografia e tem dificuldade de reconhecer. E quem é o fulano? Eu estava aí? É uma tentativa de se distanciar de fatos muito dolorosos. É muito importante dizer que também temos necessidade de esquecer fatos", analisou o especialista em imagem
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Durante as lembranças da família, Gugu fez a presidiária lembrar dos conselhos dos pais
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A lembrança da família a deixa assustada
— Quando ela falou da advertência da mãe para os filhos e as filhas, que tome cuidado com os percalços da vida, ela se refere a um buraco e olha para o chão. Isso chama muito atenção. É um abismo profundo da intimidade dela, que na minha opinião, ela tem pânico de enxergar. Isso é compreensível. Este abismo não sei se algum é capaz de encarar e continuar com a sanidade mental e vivendoReprodução/Rede Record
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As ameaças também foi tema de análise de Jacob. "Existe em todos nós um impulso de morte e vida. Claro, houve um instante quando ela participou do crime que o impulso de morte foi superior. Ela tem medo de ser outras vezes vítima disso", comentou
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Suzane e Sandra: juntas e sem cortes foi um dos pontos de destaque na entrevista a Gugu
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"É um momento que ela faz um gesto amistoso em relação à companheira, que elas estabeleceram uma relação de homoafetividade. As duas são companheiras de celas e se afirmam companheiras de sexo, de amor homoafetivo. O fato é que passa a necessidade de barco salva-vidas. As duas uniram suas forças para tentarem sobreviver a isso", disse Jacob sobre o casal
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Por fim, Suzane comenta sobre sua culpa na morte dos pais
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Ela tenta apagar de sua vida o crime que chocou o Brasil
— É quase uma outra pessoa que nascesse. A ideia é realmente essa de fênix, que renasce das cinzas. Esta ideia de ela ter morrido junto com os pais é que talvez permita que ela tenha sanidade. Existe uma diferença entre arrependimento e elaboração e superação de trauma. A impressão que dá é que ela faz um grande esforço para superar esse trauma. Ela consegue passar razoavelmente isso.Reprodução/Rede Record