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A chegada de um bebê, normalmente, é um momento feliz na vida de qualquer mulher, porém, algumas mães enfrentam um problema que contrasta com essa expectativa normal de alegria: a depressão no pós-parto.
Até mesmo quando o bebê nasce saudável, o pai fornece todo o suporte necessário e a família está feliz, é normal que muitas mães se sintam tristes na hora de voltar para casa. Esses sentimentos podem ser passageiros e diminuir com o tempo, mas também podem evoluir para um quadro mais grave de apatia e até rejeição ao bebê.
Para entender um pouco mais sobre a depressão pós-parto, Ivan Morão, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz, tira algumas dúvidas. Veja a seguir!Thinkstock
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Qual a diferença entre depressão e depressão no pós-parto?
Em termos clínicos, não existe diferença entre depressão e depressão pós-parto. O que essas classificações determinam é uma depressão dentro de uma época ou episódio, diz MourãoThinkstock
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Por que após o nascimento do bebê algumas mães apresentam depressão?
De acordo com o especialista, além de ser marcado por uma alteração hormonal, o pós-parto é também uma mudança no estilo de vida.
— Tem mães que entendem a gravidez não como um ganho, mas como uma perda de beleza, espaço, convívio social e relações no trabalho, entre outros motivos. Isso pode desenvolver um quadro depressivo grave que vai fazer com que surja um sentimento de rejeição, algo que está além do quadro hormonal e implica como ela vai lidar com esse novo ser em sua vidaThinkstock
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Quais são os sintomas da depressão no pós-parto?
São os mesmos da depressão, afirma o psiquiatra. Entre eles estão variação de humor para o polo negativo, tristeza, apatia, desinteresse, fraqueza, diminuição do apetite, sono perturbado, irritação e baixa autoestima, explicaThinkstock
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A depressão pós-parto causa riscos para o bebê?
O risco de uma agressão é muito baixo. O maior risco para o bebê é o próprio desinteresse e rejeição da mãe, ressalta MourãoThinkstock
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A depressão pós-parto tem início quantos dias após o nascimento do bebê?
O médico afirma que a pessoa pode apresentar sintomas até mesmo durante a gravidez, ou a depressão pode surgir duas a três semanas após o partoThinkstock
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Algumas mulheres têm mais predisposição para a depressão pós-parto?
Mourão explica que, se a mulher já teve quadro depressivo anterior, a chance de ter novamente é maior.
— Além disso, se a mulher teve depressão pós-parto em outra gravidez, ela tem 50% de chance de ter novamenteThinkstock
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Quando é necessário procurar ajuda médica?
Se o quadro for muito grave, no qual já nos primeiros dias a pessoa fica incompatibilizada com o bebê, então, tem que buscar tratamento imediato, ressalta Mourão.
— Quando o quadro é mais leve, uma alteração sutil de humor que contrasta com uma expectativa de felicidade, é possível aguardar duas semanasThinkstock
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Como é feito o tratamento?
O especialista acredita que o tratamento tem que ter uma combinação de abordagens entre a psicoterapia e psicofármaco.
— O medicamento pode mexer na questão da alteração bioquímica, mas tem questões, como a relação entre a mãe e a criança, que o medicamento não vai resolverThinkstock
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Esses medicamentos podem ser tomados durante a amamentação? Se não, o que deve ser feito?
Alguns antidepressivos estão há muito tempo no mercado e têm uma certa segurança no seu uso em relação ao bebê. Na amamentação, esses medicamentos têm metabolização mais rápida no corpo da mãe e, por isso, baixa concentração no leiteThinkstock
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A família é importante neste momento? Como pode ajudar a mãe?
A família é sempre fundamental para dar conforto para a mãe em todos os momentos da vida. Além disso, é importante compreender a situação sem julgamentos
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