Segundo projeto, 14 polos de desenvolvimento serão beneficiados
Everaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo - 14.10.2020O Governo do Estado de São Paulo lançou nesta sexta-feira (16), em coletiva de imprensa, um plano de retomada econômica após a pandemia de covid-19 para 2021 e 2002.
O projeto anunciado por João Doria prevê atrair R$ 36 bilhões em investimentos privados para impulsionar a economia paulista, e espera gerar dois milhões de empregos em até quatro anos.
Do valor previsto para investimentos, 51% serão destinados à área de transporte e mobilidade, 33% para rodovias, 8% para segurança e o restante para lazer, parques e outros setores.
De acordo com o plano, apresentado pelo secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, 14 polos de desenvolvimento econômico serão beneficiados.
“O foco do plano é impulsionar o crescimento de uma economia que já é dinâmica, diversificada e com muitas oportunidades de investimentos para gerar crescimento, emprego e renda”, afirmou Henrique Meirelles.
São eles: saúde e farmácia; metal-metalúrgico; automotivo; químico; derivados do petróleo; biocombustíveis; alimentos e bebidas; têxtil e vestuário; couro e calçados; aeroespacial, agritech, serviços tecnológicos; eco-florestal; papel, celulose e reflorestamento; logística, transporte e armazenamento; higiene e limpeza.
Sob o mote “São Paulo: um país dentro de um país”, o programa se baseia em seis eixos: oportunidade de investimentos na infraestrutura; dinamismo setorial, com potencial de retorno de investimentos; ambiente de negócios para facilitar a produção; desenvolvimento sustentável; redução das desigualdades através da geração de empregos; e, por fim, a internacionalização da economia paulista.
Embora um dos focos do Governo neste plano seja a redução de desigualdades, o pacote fiscal de Doria, citado inclusive durante a coletiva, foi criticado pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo), que enviou ofício na última quarta-feira (14) à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
No documento, os autores pedem revisão do projeto e afirmam que a extinção da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), uma das medidas do pacote fiscal, poderia causar irreparáveis prejuízos no atendimento à população paulista no campo habitacional.