Ric Mais
Ric MaisO governo de Minas Gerais informou nesta terça-feira (5) que a Defensoria Pública do estado está oferecendo suporte psicossocial aos sobreviventes da tragédia ocorrida no dia 25 de janeiro em Brumadinho, Minas Gerais, com o rompimento da barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão, pertencente à Vale.
Suporte para vítimas e familiaresPsicólogas e assistentes sociais trabalham no acolhimento das famílias e da comunidade, tanto em Brumadinho quanto em visitas técnicas à Academia de Polícia Civil (Acadepol), local em que é feito o cadastro com informações pessoais e dados dos desaparecidos, além do atendimento médico e multidisciplinar pela Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo nota do governo estadual, profissionais da Coordenadoria Técnica do Setor Psicossocial da Defensoria Pública e de outros setores fazem um trabalho de articulação com a Secretaria de Saúde para o encaminhamento para atendimento, conforme a especificidade da demanda.
“A assistência psicossocial às pessoas é uma das prioridades da saúde estadual. Nossa equipe está trabalhando para articular e apoiar a rede de atenção do município, buscando atender às necessidades emergenciais dos afetados e prevenir os transtornos de estresse pós-traumático, muito comuns nessas situações”, explica na nota, o assessor estratégico da secretaria, Bernardo Ramos.
Atendimento em regime de plantãoA coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Juliana Ávila, ressaltou que os atendimentos também estão sendo feitos em regime de plantão. “Durante o dia, as pessoas são atendidas no Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) do município. À noite e no fim de semana, o atendimento é no Hospital Municipal João Fernandes do Carmo. Quando o caso é de urgência, o atendimento é na UPA, onde um médico psiquiatra fica de sobreaviso. As crianças e os adolescentes são atendidos no CAPS”, informou Juliana.
O apoio psicossocial às famílias que chegam ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte em busca de notícias dos parentes, ou para o reconhecimento de corpos, está sendo prestado por equipes estaduais do Hospital Eduardo de Menezes, em parceria com o Conselho Regional de Psicologia.
Até o momento, as autoridades confirmam 134 mortos, dos quais 120 já foram identidados. Além disso, 199 pessoas continuam desaparecidas. Ao todo, 394 foram localizadas.