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Quantas vezes uma pessoa pode pegar dengue? Quatro vezes, pois existem quatro tipos de vírus, segundo o infectologista Paulo Olzon, chefe da disciplina de clínica médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Porém, ele afirma que, normalmente, quando o paciente contrai a dengue uma vez, costuma desenvolver resistência aos outros tipos vírus da doença. A intensidade da infecção depende da sensibilidade do organismo em relação aos vírus. Já o período não varia: é de 7 a 10 dias
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Quem está com dengue pode tomar analgésicos? O infectologista afirma que é preciso evitar alguns tipos de analgésicos que contenham ácido acetilsalisílico, como a Aspirina, pois, como a dengue diminui a quantidade de plaquetas no sangue (células responsáveis pela coagulação), esse medicamento, que afina o sangue, torna o paciente mais suscetível a hemorragias. Outro remédio que deve ser evitado é o paracetamol que, ao ser combinado com a dengue, que também ataca o fígado, pode causar infecções no órgão. O infectologista afirma que o mais recomendado é o uso de dipirona para abaixar a febre
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Dengue comum pode virar hemorrágica? Sim. Olzon afirma que a dengue hemorrágica não é frequente, mas acontece geralmente em pessoas que tenham mais de uma infecção ao mesmo tempo, podendo, inclusive, estar infectada por dois vírus da dengue ao mesmo período. Outra forma de desenvolvimento de dengue hemorrágica seria por uma queda importante dos níveis de plaquetas no sangue, causando hemorragia. A dengue hemorrágica costuma provocar manchas avermelhadas na pele e sangramentos no sistema digestivo, sendo o sangue expelido pelas fezes e em vômitos
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Qual a diferença entre o tipo 1 e o tipo 2 da dengue? Os tipos de vírus da dengue são diferentes em sua constituição, por isso quando uma pessoa contrai um tipo, ela cria imunidade específica para ele, segundo o médico. Porém, não existem diferenças de sintomas ou grau de acometimento da doença. Um tipo não é mais grave que o outro. Olzon afirma que a gravidade dos vírus depende das mutações que eles sofrem e da sensibilidade da pessoa à infecção
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O que comer quando está com dengue? O infectologista afirma que é comum que o paciente, ao ter quadros infecciosos acompanhados de febre, tenha perda do apetite. O recomendado é que esse paciente coma alimentos leves, como sopas, caldos e purês, e evite alimentos pesados, como carne, que demanda maior dificuldade para ser digerida
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É perigoso contrair dengue na gravidez? Olzon explica que o tratamento para dengue durante o período gestacional é o mesmo, com repouso, hidratação e uso de antitérmicos contra febre. O infectologista afirma que, normalmente, a infecção por dengue não oferece risco para a mãe ou para o bebê
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Consumir alimentos como alecrim, orégano e alho com o diagnóstico de dengue pode causar hemorragia? Não. Olzon afirma que não existe comprovação científica de que o consumo desses alimentos seja um facilitador para hemorragias, sendo uma crença popular
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Se a pessoa estiver com dengue, ela pode sair de casa? Depende. O infectologista afirma que, se o paciente estiver sentindo muito cansaço, com febre alta e dores no corpo, pode ser que não consiga sair, tendo a recomendação de permanecer em repouso. Caso a pessoa esteja com um quadro leve de dengue ou estiver se recuperando, ela pode sair
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Consumir inhame ajuda a melhorar o mal-estar da dengue? O infectologista afirma que, embora haja a crença popular de que o consumo de inhame possa aumentar o bem-estar do paciente, trata-se de um mito. "Não existe comprovação científica de que o inhame provoque melhoras na dengue", diz
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O paciente de dengue deve optar por ambientes arejados e tentar reagir à doença? O ideal, segundo o infectologista, é permanecer em repouso para melhorar a sensação causada pela infecção. Manter o ambiente arejado é uma opção do paciente, mas, por conta da febre, dificilmente é escolhida
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Os sintomas começam a melhorar depois de quantos dias? Olzon afirma que a infecção dura de 7 a 10 dias. De acordo com o médico, há uma piora no quadro até o terceiro dia, seguido por uma melhora a partir do quarto dia de infecção
*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah GianniniPixabay