Arma de choque modelo X26, de fabricação da Taser, que foi criticada pelo relatório da Anistia Internacional
AP Photo/Mary GodleskiO relatório intitulado O estado dos direitos humanos no mundo da Anistia Internacional divulgado nesta quarta-feira (22) coloca em dúvida a eficácia da utilização das de eletrochoque, consideradas não-letais. De acordo com o documento, nos últimos 12 meses pelo menos 42 pessoas morreram em 20 Estados dos EUA depois de terem sido atingidas por armamentos de eletrochoque.
Desde 2001, o documento da Anistia internacional contabilizou 540 mortes em consequência dos disparos de pistolas de eletrochoque. Na maioria dos casos que acarretaram em óbitos as vítimas não estavam armadas e não ofereceram concretas ameaças quando o aparato, considerado não-letal, foi utilizado.
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A Anistia ressaltou que a Associação Americana de Cardiologia divulgou neste ano um relatório com evidências científicas de que as armas de eletrochoque podem provocar parada cardiorrespiratória e morte. O estudo da Associação foi feito com base nos dados médicos e policiais sobre as vítimas atingidas pelo modelo Taser X26.
Em 2012, a morte do brasileiro Roberto Curtis, de 21 anos, foi uma fatalidade causada pelo uso indiscriminado de armas de eletrochoque. O estudante estava na Austrália quando sofre 14 choques seguidos e morreu em consequência da ação policial.
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As investigações feitas pelo Departamento de Homicídios da polícia australiana concluiu que os agentes agiram de forma "selvagem" ao interpelar o jovem brasileiro. A partir do incidente envolvendo Curtis, as autoridades australianas colocaram em dúvida o uso do armamento. A população também se envolveu no debate e pediu que as forças do país parassem de utilizar o Taser ou armamentos similares considerados não-letais.
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