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As crianças falam 50 palavras por volta dos 18 meses (1 ano e meio) e 100 palavras entre 20 e 21 meses (até 1 ano e 7 meses). Aos 2 anos, elas já são capazes de falar três ou mais palavras em frases curtas, de acordo com a fonoaudióloga Thaís Palazzi, do hospital Cema, em São Paulo
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Entre 0 e 3 meses a criança faz vocalizações, ou seja, repete vogais e faz sons guturais. Em seguida, começa a fase do balbucio, que vai até os 6 meses. Entre 6 e 9 meses, ela responde, quando chamada, e repete sons para escutá-los. Até os 12 meses ela já é capaz de compreender algumas palavras simples e ordens, como “bater palmas”. As primeiras palavras surgem entre 1 ano e 1 ano e meio. Até os 2, ela consegue falar frases simples. A partir daí, a cada dia ocorre um salto na linguagem e a criança passa a se expressar cada vez melhor
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A fonoaudióloga explica que atrasos no desenvolvimento dessas fases podem indicar algum tipo de alteração na linguagem. Essas alterações podem ser causadas problemas auditivos, otites, falta de estímulos adequados ou limitações cognitivas
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Quando o bebê não reage a sons fortes, como palmas, pode ser indício de problemas auditivos. Outros sinais são quando não responde a fala dos pais, não atende quando é chamado pelo nome ou ouve frases simples e não imita sons e palavras. “Se as primeiras palavras não se desenvolvem, a fala da criança é difícil de entender, ela substitui e omite determinados sons e sempre parece agitada e inquieta, tais sinais podem indicar que há alterações auditivas”, explica a especialista
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Língua presa também leva ao atraso na fala. Bebês que têm dificuldade de sucção na amamentação, em colocar a língua para fora, ou que tem língua em forma de coração, que ficam com fome depois de mamar, podem ter língua presa. “Algumas dessas crianças não conseguem ganhar peso ou crescer adequadamente por esse motivo”, afirma Thaís. Nesse caso, segundo ela, o pediatra ou o fonoaudiólogo podem fazer esse diagnóstico
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A fonoaudióloga orienta que, caso os pais identifiquem alguns desses sinais, é importante marcar uma consulta com um profissional para identificar o problema e começar o tratamento. Ela ressalta que o desenvolvimento da linguagem exige estímulos, que devem ser realizados diariamente pelos pais. “Conversar, ler em voz alta, cantar, brincar de faz-de-conta e estimular os cinco sentidos são excelentes formas de desenvolver a fala”
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O autismo também pode estar relacionado ao atraso na fala. Segundo a fonoaudióloga, mais de 60% das crianças autistas apresentam atrasos de fala. “Crianças dentro do espectro autista têm dificuldades na comunicação social e apresentam comportamentos repetitivos. Nota-se também dificuldades sensoriais, por exemplo: se incomodam com tinta, massinhas, areia e alimentos de diversas consistências ou texturas. Porém, o que fica mais evidente e chama mais a atenção é o atraso da fala”, explica.
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Ela explica que até os 5 anos é comum a criança trocar o “r” por “l”. Isso porque o fonema “r” é o último adquirido pela criança, por ser o mais difícil e exigir mais força na musculatura. “Se for pontual, por exemplo, a criança falar ‘aleia’ em invés de ‘areia’, não há problema. Mas, se houver dificuldade na fala, a fala está incompreensível, fala pouco, troca as letras ou há a troca de diversos fonemas, é recomendável que procure um pediatra para avaliação e encaminhamento ao fonoaudiólogo"
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