Por Michael Holden
LONDRES (Reuters) - A atriz norte-americana Amber Heard negou nesta quarta-feira ter cortado a ponta do dedo do ex-marido Johnny Depp durante uma discussão violenta, dizendo que o astro de Hollywood jogou garrafas contra ela "como granadas".
Heard estava testemunhando na Suprema Corte de Londres pelo terceiro dia em favor do grupo editorial do jornal britânico Sun, que Depp está processando por difamação depois de ter sido rotulado de "espancador de mulheres" em um artigo de 2018.
A atriz, que acusa o astro de "Piratas do Caribe", de 57 anos, de abuso físico em pelo menos 14 ocasiões, foi interrogada sobre um incidente na Austrália em março de 2015, quando ela diz que foi submetida a uma provação como refém por três dias.
Depp disse à corte que a ponta do dedo dele foi cortada durante uma briga em que Heard, de 34 anos, atirou uma garrafa de vodka que atingiu sua mão.
"Só joguei coisas para escapar de Johnny quando ele estava me batendo", afirmou Heard, que já havia admitido ter atirado objetos em legítima defesa.
Ela disse que pegou uma garrafa de Depp da qual ele estava bebendo e a jogou no chão, dizendo que isso o levou a atirar garrafas nela. "Ele as pegou e começou a usá-las como granadas ou bombas... jogando uma após a outra na minha direção."
A advogada de Depp Eleanor Laws afirmou que o relato de Heard de que o ator havia cortado o dedo ao esmagar um telefone contra uma parede e depois continuar a agredi-la era uma mentira.
Laws também acusou Heard de apagar um cigarro na bochecha de Depp.
"Não, Johnny fez isso bem na minha frente. Ele costumava fazer coisas assim", disse Heard.
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