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Em 2018, os nomes que dominaram o noticiário internacional confirmam uma tendência que se desenha há alguns anos: as mulheres estão ocupando cada vez mais espaço na política e nas instituições — mesmo que haja muito trabalho a ser feito. O ano foi marcado pela eleição da mais jovem mulher para o Congresso dos Estados Unidos, um movimento de feministas que transformou o debate sobre o aborto na Argentina e a chegada de uma afrodescendente ativista à família real britânica — para citar só alguns casos. Acompanhe
Reuters/Montagem R7
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A americana Alexandria Ocasio-Cortez, que cresceu no bairro nova-iorquino do Bronx e é filha de uma porto-riquenha, se tornou, em 2018, a mais jovem mulher a ser eleita para o Congresso dos Estados Unidos, no pleito legislativo realizado no último mês de novembro. Ocasio-Cortez — que, um ano atrás, trabalhava como garçonete em um bar de Nova York, promete defender os direitos do moradores do bairro do Bronx no Distrito de Columbia
REUTERS/Carlos Barria/14.11.2018
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A chanceler alemã Angela Merkel anunciou em outubro de 2018 que não vai buscar a reeleição como presidente de seu partido, a União Democrata-Cristã. “Esse quarto mandato é meu último como chanceler da Alemanha. Na eleição federal em 2021, eu não me apresentarei novamente como candidata a chanceler, nem como candidata ao Parlamento, e... não buscarei mais nenhum cargo político”, afirmou Merkel, que encerra um período de treze anos de domínio político na Europa
REUTERS/Annegret Hilse/12.12.2018
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A rainha Elizabeth II, do Reino Unido, comemorou os 65 anos de sua coroação no último mês de junho. Elizabeth, que completou 92 anos em 2018, consagrou-se como a mais antiga monarca do mundo
REUTERS/Toby Melville/05.12.2018
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A conselheira especial da Casa Branca, Ivanka Trump — que é filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — reforçou seu protagonismo no governo americano ao longo de 2018. A atuação de Ivanka chamou a atenção em um momento de crise da administração Trump, quando o governo foi duramente criticado por separar crianças de pais imigrantes que tentaram atravessar ilegalmente a fronteira do México com os EUA. Ela ainda foi alvo de escrutínio depois da revelação de que usou um e-mail pessoal para mandar centenas de mensagens sobre questões relacionadas à Casa Branca em 2017
REUTERS/Andres Stapff/30.11.2018
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A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, se tornou em 2018 a segunda mulher chefe de governo a ter um bebê durante seu mandato — a primeira foi Benazir Bhutto, do Paquistão, em 1990. Eleita em outubro de 2017, Jacinda Ardern é a mais jovem premiê neozelandesa desde 1856
Governor-General of New Zealand/Wikicommons
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Na Argentina, uma nova geração de feministas — muitas delas estudantes, que começaram a convocar protestos por redes sociais e a atrair a atenção do público com intervenções artísticas — deu força ao debate sobre a legalização do aborto. Elas foram às ruas vestindo lenços verdes — cor escolhida por não representar nenhum partido — e sua participação foi considerada crucial para a aprovação do projeto de lei de aborto pela Câmara dos Deputados, ainda que o documento tenha sido rejeitado pelo Senado
REUTERS/Marcos Brindicci/08.08.2018
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A vereadora carioca Marielle Franco estampou as manchetes internacionais pela forma brutal como foi assassinada, no dia 14 de março de 2018. Defensora dos direitos das mulheres e dos negros, Marielle foi baleada na cabeça junto com seu motorista ao sair de um evento no centro do Rio de Janeiro. Nove meses depois, as investigações apontam que a vereadora foi morta por milicianos que acreditaram que ela pudesse atrapalhar negócios ligados à grilagem de terras na zona oeste da capital fluminense
REUTERS/Nacho Doce/10.12.2018
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A ex-atriz americana Meghan Markle se casou em maio de 2018 com o príncipe Harry, do Reino Unido, e acabou por se tornar a primeira afrodescendente a entrar para a família real britânica. Ativista, divorciada e mais velha que seu marido, Meghan representa atualmente um marco ímpar de modernização na realeza. O casal espera seu primeiro filho para o primeiro semestre de 2019
Chris Jackson/Pool via REUTERS/21.11.2018
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Habitualmente discreta, a primeira-dama americana esteve no centro dos holofotes em 2018 em ocasiões pontuais. Uma delas foi em junho, ao fazer um apelo pelo fim da política de separação de pais e filhos que entram ilegalmente nos Estados Unidos por meio da fronteira com o México. Outro caso foi em outubro, durante sua viagem a países africanos — a primeira internacional para compromissos oficiais sem o marido, Donald Trump
REUTERS/Carlos Barria/15.11.2018
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Quase dois anos após deixar a Casa Branca, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama voltou a ocupar as manchetes internacionais com o lançamento de seu livro de memórias, Becoming (ou Minha História, na versão publicada no Brasil). Na publicação, Michelle revelou que jamais perdoará o atual presidente Donald Trump por estimular uma teoria da conspiração preconceituosa que questionava se seu marido, Barack Obama, realmente nascera nos EUA
REUTERS/Kamil Krzaczynski/13.11.2018
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A ativista iraquiana Nadia Murad, de 25 anos, foi uma das vencedoras do Prêmio Nobel da Paz de 2018 por seus esforços na luta contra o uso da violência sexual como arma de guerra. Nadia — que divide o prêmio com o congolês Denis Mukwege — é da minoria étnica e religiosa yazidi, considerada ‘infiel’ pelos extremistas islâmicos do Daesh no Iraque. Ela foi sequestrada, vendida e sofreu estupros coletivos durante os três meses que passou em cativeiro, mas conseguiu fugir em 2014 e passou a viajar o mundo para chamar atenção para a tragédia dos yazidis
REUTERS/Ari Jalal/14.12.2018
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A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye — primeira líder eleita democraticamente na Coreia do Sul a ser removida do cargo por acusações de abuso de poder, suborno e coerção — foi condenada a 25 anos de prisão pela Suprema Corte de Seul em agosto de 2018. Ela e sua amiga Choi Soon-sil, denominada "Rasputina", criaram um esquema para extorquir dinheiro de grandes empresas do país, como Hyundai e Samsung
REUTERS/Kim Hong-Ji/File Photo/25.04.2018
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Separação de famílias de imigrantes na fronteira, a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, os boatos de envolvimento com a atriz de filmes adultos Stormy Daniels... As controvérsias envolveram o presidente americano Donald Trump, mas quem respondeu por todas elas à imprensa foi Sara Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca. No cargo desde 2017, Sara se consagrou, em 2018, como o verdadeiro rosto à frente de todos os anúncios e declarações do polêmico governo Trump
VOA News/Wikicommons
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Com a aproximação do prazo máximo para que o Brexit — processo de divórcio do Reino Unido da União Europeia — entre em vigor, a premiê britânica Theresa May dominou o noticiário internacional em 2018. Após meses de impasse e renúncias de secretários importantes, May conseguiu chegar a um acordo com a UE sobre o esboço para o Brexit e até sobreviveu a uma moção de desconfiança no Parlamento britânico. Seguem as dúvidas se, em 2019, ela se manterá no cargo
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/01.12.2018