Michelle Obama surge de cabelos naturais em evento
ReproduçãoMichelle Obama vive uma nova fase de sua trajetória. A ex-primeira dama, advogada e autora do best-seller "Minha História" certamente não se tornou a mulher mais admirada dos EUA se conformando em permanecer à sombra do marido e jogando de acordo com as regras. No último sábado, ela apareceu em um evento em Nova Orleans para divulgar seu livro com os cabelos cacheados e luzes californianas, para celebrar seu momento mais autêntico até agora.
Durante os oito anos como primeira-dama, Michelle admite "ter desenvolvido toda uma estratégia" para lidar com os cabelos: "Meu objetivo era que eu terminasse a jornada com cabelo na minha cabeça", revelou no podcast 2Dope Queens, referindo-se aos efeitos colaterais provocados pelo alisamento. "E agora você tem que pensar em como você faz isso, sabe? O que você está fazendo? E você está nadando? Você está malhando? Mas esta não foi apenas uma jornada de primeira-dama. Esta é uma jornada de mulheres profissionais negras".
Das regalias concedidas à primeira-dama dos Estados Unidos, se ver livre de pressões estéticas e raciais não esteve no pacote. Assim como milhões de mulheres afro-americanas, Michelle teve que adequar seu visual ao que a maioria esperava. Em 2017, um estudo conduzido pelo Perception Institute intitulado 'Cabelo bom: um estudo das atitudes implícitas e explícitas em relação ao cabelo de mulheres negras' constatou que cabelos afro eram percebidos como menos bonitos e profissionais.
"Este estudo confirma o que a maioria das mulheres negras tem conhecido e experimentado: usar penteados naturais tem profundas implicações políticas e sociais. Da sala de aula ao local de trabalho, o preconceito contra o cabelo natural pode minar a capacidade de as mulheres negras serem completamente autônomas e afetarem sua trajetória profissional, vida social e auto estima", escreveu Alexis McGill Johnson, co-fundador e diretor executivo do Perception Institute.
Mesmo consciente das pressões que a seguiam, Michelle Obama tornou-se referência de elegância, carisma e determinação para milhões de mulheres norte-americanas, negras ou brancas. Através de sua história, legado e visual, ela segue transmitindo sua mensagem poderosa para meninas e mulheres que almejam um lugar de liderança. "'Minha História' é um meio de evoluir, um caminho para alcançar continuamente um 'eu' melhor. A jornada não termina."