Imagem mostra Arredondo (com chapéu de caubói) socorrendo a vítima. Pai do rapaz ferido só ficou sabendo que o filho estava vivo após ver a foto
AP Photo/Charles Krupa
Após o atentado a bomba que deixou três mortos e centenas de feridos na última segunda-feira (15), durante a Maratona de Boston, um verdadeiro exército vem fazendo o possível para ajudar as vítimas do ataque desde o momento do ocorrido.
Carlos Arredondo é uma dessas pessoas: o ativista ficou famoso no mundo todo após fotos suas circularem pela internet. Em todas elas, o homem de 52 anos aparecia ajudando vítimas do desastre, prestando socorro junto aos policiais.
Em entrevista ao jornal The Daily Beast, ele afirma que sua primeira visão era de uma grande poça de sangue e diversos membros decepados. Ao ver um rapaz sem uma das pernas, Arredondo não pensou duas vezes e improvisou um torniquete com uma camisa, que ele rasgou para estancar o sangramento.
A vítima, felizmente, sobreviveu. O ativista foi interrogado pelo FBI na manhã desta quinta-feira (18).
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Esta não é a primeira vez que Arredondo passa por uma situação trágica: em 2004 ele perdeu o filho, integrante da Marinha americana, em confronto no Iraque. Desde então, o homem que se tornou um herói nesta semana, milita em organizações pacifistas. Ele estava na Maratona de Boston justamente homenageando o filho morto.
Segundo informações do The Huffington Post, o Exército da Salvação enviou quatro cozinhas portáteis e mais de 30 voluntários para distribuir comida e bebida em Boston, além de prestar suporte emocional. Um refeitório também está estacionado no Centro de Assistência à Família, onde sobreviventes e socorristas estão se reunindo.
Dentre diversos fundos de arrecadação, o mais significativo deles é o The One Fund Boston, Inc., criado pelo governador de Massachusetts, Deval Patrick, em parceria com o prefeito de Boston, Tom Menino. A companhia de seguros John Hancock, com sede em Boston, anunciou uma doação de 1 milhão de dólares.
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Os moradores também se comoveram com o drama das vítimas, várias delas vindas de outras cidades ou países e sem lugar fixo em Boston. Com a ajuda do Google Docs, que permite a criação e compartilhamento de arquivos online, foi criada a lista de ajuda I have a place to offer (Eu tenho um lugar para oferecer, em português), com a qual é possível oferecer abrigo aos que necessitam.
Pelo Twitter a população também tem anunciado em que pode ajudar e tentado fazer contato com aqueles que procuram ajuda. O corredor Ali Hatfield do Kansas, postou:
— As pessoas são boas. Nós conhecemos uma mulher que nos deixou ficar na casa dela e nos deu o que beber.
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