Protestos pedem justiça para Floyd e revisão das práticas violentas e racistas da polícia
Eric Miller/ Reuters - 27.5.2020O estado de Minnesota, nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (2) que investigará as práticas do Departamento de Polícia de Minneapolis ao longo da última década para determinar se foi cometida discriminação contra as populações negra e latina, após a indignação gerada pelo assassinato de George Floyd, que resultou em protestos contra o racismo e a violência policial em todo o país.
De acordo com o governador de Minnesota, o democrata Tim Walz, o Departamento de Direitos Humanos do estado "apresentou uma acusação sobre direitos civis contra o Departamento de Polícia de Minneapolis".
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Como consequência, o estado "investigará as políticas, procedimentos e práticas do departamento (de polícia) ao longo dos últimos dez anos para determinar se foram cometidas práticas discriminatórias sistemáticas", comentou Walz.
Não estão claras as possíveis consequências desta investigação caso seja determinado que houve discriminação sistemática contra negros e latinos, mas a encarregada de comandar a pesquisa, Rebecca Lucero, deu a entender que não são esperadas acusações penais.
"Não se trata de buscar responsabilidades pessoais pela via criminal. Trata-se de mudar o sistema", disse Lucero, que dirige o Departamento de Direitos Humanos de Minnesota, segundo o jornal local The Minnesota Star Tribune.
O anúncio da investigação chega dois dias após a prisão e acusação de Derek Chauvin, policial branco de Minneapolis que deteve e assassinou Floyd ao permanecer com o joelho sobre o pescoço da vítima por quase nove minutos, até causar a morte por sufocamento. O ato foi gravado em vídeo por transeuntes e gerou inúmeros protestos.
Outros três agentes envolvidos no incidente foram demitidos do departamento, mas não foram presos. O procurador-geral do estado, Keith Ellison, investiga se os relatórios da autópsia de Floyd, revelados na segunda-feira e que concluíram que a morte foi um homicídio, bastam para ordenar a prisão dos outros três.