Advogado foi imobilizado e agredido por PMs
Reprodução/RecordTV MinasA OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Minas Gerais) entrou, nesta quarta-feira (27), com uma representação no MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) pedindo a abertura de uma ação penal contra os policiais militares que agrediram e prenderam dois advogados em Consolação, a 445 km de Belo Horizonte.
Na segunda-feira (25), José Ronaldo de Almeida e Renata Almeida foram ao batalhão da Polícia Militar do município do Sul de Minas reclamar de uma abordagem feita por militares dois dias antes, mas foram algemados. Por lei, advogados não podem ser detidos no exercício da profissão.
De acordo com o procurador Estadual de Prerrogativas da OAB-MG, Bruno Cândido, a instituição entendeu que houve abuso de autoridade por parte dos militares.
— Além do crime de abuso de autoridade, houve, também, infrações éticas. Neste momento, estamos enviando uma representação no MP e na corregedoria da PMMG pedindo a devido apuração e a sansão administrativa dos policiais.
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Em nota, a OAB defendeu que "o advogado é indispensável à administração da justiça e a violação de prerrogativas é crime" e que "acompanhará o caso de perto para que seja restabelecida a justiça".
O caso
Na segunda-feira, a advogada Renata Almeida foi ao batalhão junto ao irmão, Luiz Carlos, solicitar o nome de alguns policiais que o abordaram, no sábado (23). Segundo eles, Luiz teve que passar por revistas íntimas.
Ao chegar lá, eles afirmam que foram recebidos com deboche pelos policiais e, ao pedir por respeito, Renata recebeu ordem de prisão por desacato. A advogada, então, ligou para seu outro rimão, José Ronaldo de Almeida, que também advoga para pedir ajuda. Ele, porém, ao tentar defender a irmã detida, foi preso por desacato e acabou agredido pelos militares.
*Estagiária do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli