Com 45 andares, um antigo hotel de cinco estrelas que recebia milionários agora é a casa de mais de 3.000 pessoas. O edifício em Caracas, capital da Venezuela, foi considerado a maior favela vertical do mundo pelo jornal britânico The Independent.
Construído para ser uma joia no coração do país, o hotel foi abandonado em 1994, quando seu criador morreu. Em 2007, foi fechado para evitar saques costumeiros. Hoje, os moradores fazem da Torre de Davi um refúgio contra a violência que já tomou as favelas tradicionais da cidade
Jorge Silva/Reuters
Os primeiros 28 andares foram preenchidos para se tornarem habitáveis e as pessoas instalaram sistemas elétricos e de água pra a utilização de todos os moradores.
Atualmente, com o prédio quase todo ocupado, um sistema de segurança interna funciona e é respeitado. As regras são criadas pelos próprios residentes
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Atualmente, os moradores pagam uma taxa de cerca de R$ 72 para manter a patrulha de segurança por 24 horas. Eles afirmam que há muito mais segurança no local do que nas favelas onde moravam
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Mas muitos moradores de Caracas não gostam do edifício. Para eles, o local é um covil de ladrões e um desrespeito com a propriedade privada.
Policiais são vistos no prédio com frequência. Procuram sempre por vítimas de sequestros
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Os moradores assumem que o lugar já foi perigoso, mas que agora, por causa de uma nova liderança, o prédio está totalmente pacificado
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A torre abriga lojas, consultório odontológico e salão de beleza. O 27º andar é conhecido pelo belo pôr do sol que é contemplado pelos moradores quase sempre
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Gabriel Rivas (foto), um dos moradores do local gosta de malhar enquanto aproveita a vista. Todos os dias, Rivas malha no 28º andar da Torre de Davi
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A favela possui um heliporto, vistas maravilhosas da Cordilheira Ávila e amplas varandas para churrascos de fim de semana
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Muitos homens que moram no prédio se empenham para melhorar a estrutura e construir novos espaços para outros moradores
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Adriana Gutierrez (foto) e seu filho Carlos assistem à TV dentro de casa, no 24º andar
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Algumas pessoas conseguem outro lugar para morar e deixam a Torre de Davi. Paola Medina (foto), de 29 anos, fez questão de limpar seu apartamento antes de deixá-lo. Ela morou no lugar por quase um ano
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As crianças que moram no prédio são livres para brincar nas varandas dos apartamentos. É comum que se divirtam até tarde
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Entretanto, os moradores ainda lutam para transformar o lugar em algo ainda mais seguro. Muitas escadas são vistas sem segurança alguma e isso deixa os pais preocupados com seus filhos.
Mas os moradores são muito felizes lá. Um deles, diante do prédio, questionou: "Quem precisa de um Hilton?"