A presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para dizer, neste sábado (17), que ficou "surpresa com a extensão da interferência americana" na preparação do golpe de 1964 e na manutenção do regime militar no Brasil.
Dilma assistiu ao na noite da última sexta-feira (18) ao documentário “O dia que durou 21 anos”, do diretor Camilo Tavares.
Entre os convidados para a sessão de cinema no Palácio do Alvorada os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Miriam Belchior (Planejamento), Helena Chagas (Comunicação Social), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Eleonora Menicucci (Políticas para Mulheres) e o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
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"Mesmo quem viveu os anos 60 fica surpreso com a extensão da interferência americana no Brasil naquele momento, revelada pelo documentário", escreveu Dilma.
O documentário assistido por Dilma mostra a participação do governo dos EUA no golpe militar. No filme, o então embaixador norte-americano no Brasil, Lincoln Gordon, aparece como um dos articuladores do movimento que tirou o presidente João Goulart do poder.
"Conhecer a história do Brasil ajuda a entender melhor como chegamos a ser o que somos. Olhar para trás é importante. Assim aprendemos com os erros e reafirmamos nossos acertos. O que deve nos orgulhar é que o Brasil se tornou uma democracia sólida devido a luta dos próprios brasileiros", completou a presidente.
O diretor Camilo Tavares é filho do militante Flávio Tavares, um dos 15 presos políticos libertados após o sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, em 1969.