Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que o Senado não pode fechar os olhos para o caso de estupro coletivo
Jane de Araújo/Agência SenadoA senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse nesta sexta-feira (27) que um grupo de parlamentares fará, na semana que vem, uma visita à vítima de um estupro coletivo no Rio de Janeiro e aos familiares na próxima semana. Gleisi disse ainda que o Congresso vai cobrar das autoridades de segurança do Estado a investigação do caso e punição dos responsáveis. A senadora abriu a sessão no Plenário do Senado nesta sexta.
O estupro coletivo de uma jovem de 16 anos aconteceu no último sábado (21).
Em rede social, vítima de estupro coletivo agradece apoio e desabafa: "Não dói o útero e sim a alma"
A petista informou ainda que a bancada feminina no Congresso está preparando uma nota de repúdio ao estupro coletivo, que será lida nos Plenários do Senado e da Câmara dos Deputados na terça-feira (31).
Após estupro coletivo, Temer promete departamento federal para combater violência contra a mulher
Para a senadora, é importante enfrentar as culturas machista e da violência que existem no Brasil com uma discussão aprofundada.
— Isso tem muito a ver com a visão de que mulher é extensão da propriedade privada do homem ou do marido. Vamos precisar do auxílio dos homens para combatermos situações como essas. Se não tivermos reação firme, vão continuar acontecendo, inclusive com estímulo e divulgação.
Segundo a senadora, o Brasil Já avançou muito e conseguiu tirar do ordenamento jurídico legislação que subjugava as mulheres, mas a cultura do estupro ainda permeia a sociedade.
— Isso é muito grave, não dá para o Senado fechar os olhos.
Gleisi também lembrou outro caso de estupro coletivo ocorrido em Bom Jesus, no Piauí, na sexta-feira (20), e o ocorrido há exatamente um ano, em Castelo, também no Piauí.
O senador José Medeiros (PSD-MT) também considerou um absurdo que esse tipo de ato ainda aconteça. Ele disse que é preciso condenar a ação, sobretudo diante da divulgação do estupro nas redes sociais.
— Isso é o cúmulo da falência do entendimento da convivência social.