Ricky Gervais falou sobre 'cultura do cancelamento'
DivulgaçãoRicky Gervais, criador e ator de The Office, deu uma entrevista ao Times Of London Radio, e disse que a cultura do cancelamento "é um tipo de fascismo".
Pelas pessoas "acharem que podem definir o que você pode e não pode falar", a série "sofreria" se fosse lançada em 2020 na opinião do ator. "As pessoas interpretam tudo de forma literal", explicou.
"Existem essas pessoas que tiram as coisas de contexto. Era um seriado que tratava de tudo: diferença, sexo, raça, todas as coisas que as pessoas temem em discutir ou falar agora, caso falem algo errado e sejam cancelados", entregou.
O ator de 59 anos ainda falou que "não acha que ninguém mereça ser cancelado". Para Gervais, as pessoas não querem argumentar ou discutir um problema, "eles só querem vencer uma discussão".
Apesar de se descrever como "um socialista de champanhe", o artista criou admiração pelo conservadorismo devido a sua crença de discurso livre. "Eu sou um liberal de esquerda à moda antiga", disse. "Uma pessoa pró-igualdade, quero oportunidade para todos, apoio a política do Bem Estar Social (Welfare State, em inglês). Mas, se eu defender a liberdade de expressão, sou um nazista, de repente. Como isso aconteceu?", escreveu na conta dele no Twitter.
A série The Office, que foi estrelada por Steve Carell e Krasinski, foi lançada em 2005 e contou com 9 temporadas. Além disso, o seriado ganhou prêmios como Emmy e o Globo de Ouro na categoria de "Melhor Série de Comédia".